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Brasília – Enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial brasileira cresceu no primeiro trimestre do ano, a pesquisa sondagem industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – que usa outra metodologia – mostra queda no desempenho entre janeiro e março deste ano. Houve redução no indicador de produção de 50,8 pontos no quarto trimestre de 2005 para 45,9 pontos no mesmo período deste ano. Valores acima de 50 pontos indicam evolução positiva dos indicadores e valores abaixo deste nível significam recuo.

Segundo a CNI, a queda do indicador é normal, tendo em vista que o pico da produção industrial ocorre no quarto trimestre do ano. O documento afirma que a queda é puxada pelo desempenho das pequenas e médias empresas. As grandes empresas apresentam um leve aumento da produção, decorrente da manutenção das exportações e do reaquecimento da demanda interna.

O documento mostra ainda que houve queda, de 49,8 pontos para 44,8 pontos, do faturamento das empresas no primeiro trimestre na comparação com o último trimestre de 2005.

De acordo com a CNI, a tendência também foi de queda para o nível de utilização da capacidade instalada no primeiro trimestre. A redução foi de 75% para 71%, na comparação com os últimos três meses de 2005. Na comparação com o ano passado, a redução foi menor, de apenas 1%.

Surpresa

O economista da CNI Paulo Mol afirmou que o resultado das grandes empresas no primeiro trimestre de 2006 surpreendeu, já que se manteve estável em relação ao último trimestre do ano passado. Segundo ele, o normal é que haja uma queda no indicador de produção no início do ano dado o processo de aquecimento que acontece no final do ano em função das vendas de Natal. "A surpresa são as grandes empresas que não ficaram dentro do quadro esperado, que era de ficar abaixo de 50 pontos". Mol disse esperar que o desempenho das pequenas e médias empresas volte a melhorar nos próximos meses com a retomada da demanda interna.

Vestuário, química, calçados, móveis e álcool respondem pelas maiores quedas de produção no primeiro trimestre. A queda é sazonal no caso do álcool. Os setores que apresentaram crescimento no faturamento no primeiro trimestre foram os de refino de petróleo, equipamentos hospitalares e de precisão e álcool.

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