Para Fed, recessão nos EUA parece estar abrandando

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Washington - O Federal Reserve afirmou nesta quarta-feira(29) que o ritmo de deterioração da economia norte-americana parece estar diminuindo, mas acrescentou que manterá a taxa de juro em nível excepcionalmente baixo por um longo período.

Após reunião de dois dias, o banco central norte-americano decidiu manter a taxa básica entre zero e 0,25 por cento, mesmo nível desde dezembro.

Após seu último encontro, nos dias 17 e 18 de março, as autoridades do Fed não deram nenhuma pista de que a recessão estaria arrefecendo e anunciaram planos para injetar mais 1,15 trilhão de dólares na economia.

Nesta quarta-feira, nenhuma nova medida foi anunciada, embora o comitê de política monetária do banco central tenha reiterado seu compromisso de usar todas as ferramentas possíveis para promover uma recuperação.

"Informações recebidas desde a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto em março indicam que a economia continuou a se contrair, embora o ritmo do declínio pareça estar um pouco menor", disse o Fed.

Algum alívio nas condições dos mercados financeiros contribuiu para uma leve melhora do humor, acrescentou o Fed. Mas isso serviu de alerta para o fato de que a atividade econômica deve continuar fraca por um tempo.

"A economia tem se afastado de um período de queda livre e está agora a caminho da recuperação", comentou Mark Vitner, economista do Wachovia Securities em Charlotte, Carolina do Norte.

Sinais de esperança

As autoridades do Fed estão tentando tirar a economia de uma profunda recessão, que no próximo mês se tornará a maior desde a Grande Depressão.

Ressaltando o perigoso estado da economia, um relatório do Departamento de Comércio mostrou nesta manhã que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu a uma taxa anualizada de 6,1 por cento no primeiro trimestre, após a queda de 6,3 por cento no quarto trimestre de 2008.

A recessão já custou à economia 5,1 milhões de postos de trabalho, levando a taxa de desemprego em março a 8,5 por cento, a mais alta em 25 anos. Economistas esperam que o desemprego aumente ainda mais.