Para não perder de vista o valor desejado para a aposentadoria, o ideal é que o poupador aumente o valor das aplicações no plano de previdência à medida que o salário cresce, afirmam especialistas. "Muitas vezes, as pessoas abrem um plano quando começam a trabalhar e definem um valor de investimento mensal baixo, compatível com o início de carreira", diz Valter Police, planejador financeiro pessoal. "Mais tarde, a renda sobe, mas os investidores não param para analisar se a quantia aplicada ainda faz sentido", acrescenta.
Renato Russo, vice-presidente da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), destaca que mudanças significativas no padrão financeiro devem ser consideradas em relação à previdência. "Se a pessoa teve uma ascensão profissional importante e quer manter o padrão de vida na aposentadoria, deve verificar se a contribuição estipulada é suficiente para a nova meta. Provavelmente, terá de aumentá-la."
Guilherme Rossi, gerente comercial da Brasilprev, diz que a carteira deve ser mais ousada (mais ações, respeitando o limite máximo de 49% para fundos de previdência nesse tipo de aplicação) quando o investidor tem mais tempo de acumulação pela frente. "Em vários anos, é possível recompor perdas com oscilações de mercado. Se o investidor está mais perto da aposentadoria, uma opção mais conservadora pode ser mais indicada", diz.
Carolina de Molla, da SulAmérica, destaca que os investidores individuais "esquecem" mais facilmente do plano de previdência. "Os planos empresariais costumam ser revisados pelo menos uma vez a cada três anos", afirma. "No caso dos individuais, são os próprios investidores que precisam buscar essa reavaliação. Fazer isso a cada dois anos está de bom tamanho", acrescenta.
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