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O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, avaliou nesta terça-feira que as elevações nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para conter o capital especulativo no Brasil têm contribuído para afastar bolhas no mercado financeiro brasileiro. "O que os EUA não fizeram de 2003 a 2007 serviu de lição para todo o mundo. O excesso de liberdade nos capitais financeiros gerou bolhas e os Bancos Centrais diziam que nada podiam fazer, nem sequer conseguiam identificar bolhas", disse, ao participar do II Ciclo de Conferências da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para discutir a liberalização financeira e o controle de capitais.

Segundo Holland, o aumento do IOF é uma medida prudencial altamente relevante, que evita o excesso de alavancagem nos balanços dos bancos e das empresas. O secretário afirmou que o grande fluxo de capital estrangeiro no Brasil é resultado do descompasso entre o crescimento econômico dos países avançados e o dos emergentes. "O controle de capital não é uma questão ideológica, mas técnica", disse parafraseando Olivier Blanchard, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Faz parte da caixa de ferramentas que os países têm como instrumento", completou.

Ele disse que a taxa de câmbio no Brasil cessou a apreciação a partir do momento em que houve elevação do IOF. "Ela vinha ladeira abaixo. Não temos teto ou piso, mas as medidas foram suficientes para evitar a volatilidade na economia brasileira", afirmou.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda disse ainda que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio veio "excepcionalmente bem". Segundo os dados divulgados nesta terça pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve alta de 0,47% em maio, ante avanço de 0,77% em abril. "A inflação está se dissipando e está convergindo para meta em 2012. E não ficará fora da banda (da meta de inflação) em 2011", afirmou.

Ele destacou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano foi "quase modelo", com altas taxas de investimento e crescimento econômico. Segundo o secretário, o Brasil tem taxas de desemprego baixas, inflação controlada e crescimento econômico acima da média mundial.

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