Não há vantagem para Brasil, Rússia e Índia pressionarem a China para que deixe sua moeda se fortalecer, uma vez que Pequim já está caminhando nessa direção, disse ontem o economista-chefe do Goldman Sachs, Jim ONeill.
ONeill, que em 2001 cunhou o termo Bric para descrever as quatro maiores economias emergentes do mundo, fez os comentários às vesperas do segundo encontro do grupo, que começa hoje e vai até amanhã, em Brasília, e reúne os líderes dos quatro países.
A China está sob pressão dos EUA e de outros países para deixar o iuan se valorizar. O Brasil se juntou ao coro na semana passada, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que uma política cambial flexível por parte da nação asiática "seria muito boa" para a economia global.
Um iuan mais fraco torna as exportações chinesas mais competitivas em relação a outros países. "Os chineses não dizem aos brasileiros o que eles devem fazer, então por que os brasileiros dizem aos chineses o que eles devem fazer?", indagou ONeill em entrevista à agência de notícias Reuters.
"Uma das ironias dessa situação é que os chineses basicamente já decidiram fazer isso (valorizar a moeda)", disse ONeill. O iuan depreciado é um ponto de tensão dentro do Bric, já que corrói a competitividade da indústria nacional. A questão pode ser discutida nos bastidores do encontro entre ministros de Finanças do G-20 em Washington, no final deste mês.
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