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Simpósio mostra diferentes estilos de liderança

Discussões sobre como desenvolver competências de gestão vão estar em evidência no 1.º Simpósio Internacional de Liderança, que ocorre em Curitiba nos dias 10 e 11 deste mês. O evento reúne grandes empreendedores como o publicitário Roberto Justus, o empresário Ricardo Semler, presidente do grupo Semco e autor do best seller "Virando a própria mesa", o apresentador de TV Luciano Huck, criador de uma organização não-governamental, e a empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza. "Cada um vai sua experiência profissional e pessoal e mostrar como chegar no status de líder", diz Lucas Zanchetta, coordenador do simpósio. Para ele, é mais fácil desenvolver características de liderança quando se é jovem. (MS)

Serviço: 1.º Simpósio Internacional de Liderança – (41) 3076-9800 – www.hbbr.com.br – Preços: R$ 400 (estudantes) e R$ 800 (profissionais).

Lidere sua carreira

As empresas procuram líderes, que levam as equipes a conquistar os resultados planejados.

Quem deseja cargos de gestão deve pensar nas habilidades de liderança desde cedo.

Também é bom aprender a ser um líder se o processo de trabalho na sua profissão exige conhecimento geral sobre a empresa.

Quem tem afinidade pode ser um líder mais facilmente. Mas é possível desenvolver as competências com treinamento e estudo.

Não basta conhecer a fundo determinado campo do saber para conseguir um cargo de direção. As empresas querem líderes, pessoas que enxergam o negócio como um todo, conseguem motivar suas equipes, estão atentas às novidades e alcançam os resultados planejados. Apesar de demorar um pouco para chegar a um posto destes, quem está entrando no mercado de trabalho deve começar a desenvolver competências de liderança o mais cedo possível. Isso porque uma hora ou outra elas vão ser necessárias, mesmo se o profissional não atua diretamente com a gestão de uma equipe ou empresa.

De acordo com a professora e especialista na área de gestão de pessoas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Simone Cristina Ramos, em média o profissional leva três anos para assumir um cargo de liderança, depois de começar sua carreira. Mesmo assim, para ela, o certo é começar a pensar nisso o quanto antes. "Quanto mais cedo melhor. Porque a necessidade de líderes está em todas as áreas, mesmo nas mais técnicas." Simone diz que é possível desenvolver habilidades de liderança, basta identificar as lacunas. "Antes existia um pensamento de que o líder tinha habilidades inatas, mas hoje a crença é de que todo mundo tem capacidade de desenvolver."

O publicitário Roberto Justus, presidente do Grupo Newcomm e apresentador do reality show O Aprendiz, é um pouco reticente com relação a esse pensamento. "Liderança é um dom. A pessoa tem, ou não tem. Mas não é nenhum demérito não ter", opina. Para ele, a liderança aparece quando a pessoa é criança e começa a organizar as brincadeiras, passa para a presidência do grêmio estudantil na adolescência e assim vai. Desta forma, não adianta insistir muito se não há afinidade com o perfil, afinal de contas, as empresas não são feitas somente de líderes. "Não diria que existe falta de líderes, mas é um número reduzido. Em todo caso, as empresas procuram esse tipo de pessoa, que seja um dínamo, um facilitador para as outras pessoas."

Para Melissa Gusso, diretora do Espaço Empreendedor, quem almeja conquistar um cargo em que precisa gerenciar equipes, ou para o qual se exige conhecimento geral sobre a empresa, deve pensar em ser um líder antes mesmo de entrar no mercado de trabalho. "É uma lacuna nos jovens, mas é muito importante. Quem tem liderança assume papéis e vai crescendo na empresa." Falta também a cultura de desenvolver a habilidade de liderança. Melissa conta que, para montar um novo treinamento de orientação profissional que deve começar no começo do ano que vem, o Espaço Empreendedor reuniu cerca de 20 jovens para ouvi-los. "Identificamos que existem líderes, mas às vezes os pais não identificam isso ou não dão importância. Perguntamos para os jovens o que acontecia e eles diziam que eram tratados como moleques."

Melissa acrescenta que existem casos de jovens que assumem posto de liderança e não enfrentam problemas. É o caso de Dênis Valente. Prestes a completar 20 anos, ele começou como funcionário do suporte técnico da empresa curitibana VS Data, de suprimentos para informática. Um ano depois, formatou um novo negócio para a empresa, o de gerenciamento de serviços de impressão em outras empresas. "Comecei como o único funcionário e em pouco tempo fechamos contratos com companhias de grande porte." Hoje, cinco anos depois, Dênis é o gerente-geral da empresa Iddéia e responsável por 70 funcionários, espalhados em cinco estados, e um faturamento anual superior a R$ 10 milhões.

Dênis acredita que tem competências de líder desde quando era mais jovem ainda, porém nunca as tinha descoberto. "Quem identificou foi o presidente da companhia. Mas isso foi muito aprimorado e continua sendo. Passei por processos de coaching [aconselhamento profissional] dentro da empresa", diz. "Isso porque, pelo fato de sermos jovens, temos garra e vontade de aprimoramento profissional muito forte, mas falta experiência, o que é equilibrado com treinamentos." Para ele, a liderança é essencial para quem quer conseguir um emprego. "É importantíssimo entrar no mercado de trabalho com uma visão ampla dos negócios, e a liderança facilita."

Serviço: PUCPR – (41) 3271-1555 – www.pucpr.br; Espaço Empreendedor – (41) 3223-3083 – www.e-empreendedor.com.br

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