• Carregando...
Van paraguaia carrega hortifrutis em Foz do Iguaçu: comerciantes buscam preço mais baixo | Marcos Labanca/ Gazeta do Povo
Van paraguaia carrega hortifrutis em Foz do Iguaçu: comerciantes buscam preço mais baixo| Foto: Marcos Labanca/ Gazeta do Povo

O Ministério da Agricultura do Paraguai alterou a portaria que proibia a importação de tomates e cenouras do Brasil e da Argentina. A partir de agora, a entrada de hortifrutis está liberada, mas o governo impôs uma série de novas regras para importadores e comerciantes.

Para que a importação fosse permitida novamente, os atacadistas e varejistas paraguaios tiveram de se comprometer a comprar toda a produção local de hortifrutis. Essa medida, segundo informações do Ministério da Agricultura, vai fortalecer a agricultura paraguaia.

Para barrar o crescimento do contrabando de alimentos do Brasil para o Paraguai, o governo informa que apenas importadores cadastrados poderão atravessar a ponte com o produtos. Para a primeira semana de importação foi imposto um limite de 264 toneladas. Nas próximas, o Ministério vai estipular o limite conforme a demanda.

As novas medidas são uma tentativa de acalmar os setores de produção e importação. Desde que a proibição entrou em vigor, em dezembro de 2009, o governo paraguaio sofreu uma forte pressão dos produtores, que queriam o fim do contrabando de alimentos. Ao mesmo tempo, os importadores pediam a liberação total, já que nos outros países a mercadoria é mais barata.

Para Silvio Riveros, presidente da Associação de Hortifrutis do Paraguai, a medida agradou todo mundo. "Tanto nós, quanto os produtores, estamos satisfeitos com a decisão. Vamos cumprir com o que foi determinado. E esperamos que o governo também cumpra", afirma.

A liberação da importação aumentou ainda mais a expectativa dos comerciantes da Central de Abastecimento (Ceasa) de Foz do Iguaçu, onde, segundo os atacadistas, 45% dos compradores são paraguaios. Com a liberação da importação, o acréscimo de vendas esperado é de 20%. Na Ceasa de Foz, em 2009, foram comercializadas 70,5 mil toneladas.

Contrabando

Mesmo com a liberação do tomate e da cenoura, o contrabando de alimentos vai continuar,na opinião do comerciante paraguaio Jorge Gonzalez Martinez, de 53 anos. "Os preços no Paraguai, mesmo com a importação liberada, vão continuar mais altos que no Brasil e na Argentina. Não tem como evitar que o cidadão paraguaio que não seja importador deixe de ir para o Brasil", explica. Com as restrições à importação, a apreensão de alimentos também aumentou. Autoridades paraguaias chegaram a apreender 20 toneladas de tomate na semana passada. "Agora, com a liberação, pode ser que os preços caiam um pouco no Paraguai, mas o contrabando não vai parar completamente", opina.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]