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Paralisação no transporte de valores afetará caixa eletrônico

Vigilantes decidiram manter greve ontem; adesão de 100% é contestada, mas bancos já adotam planos de contingência

Agência do Banco do Brasil no Centro de Curitiba já avisava ontem que os saques seriam feitos só pelo autoatendimento | Walter Alves/ Gazeta do Povo
Agência do Banco do Brasil no Centro de Curitiba já avisava ontem que os saques seriam feitos só pelo autoatendimento (Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo)

Os vigilantes que trabalham com transporte de valores vão continuar em greve, o que pode começar a afetar o abastecimento de cédulas nos caixas eletrônicos a partir de hoje. Em assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Valores e Escolta Armada do Paraná (Sindeesfort-PR), no início da noite de ontem, a categoria rejeitou a proposta patronal e decidiu manter a greve por tempo indeterminado. Com a paralisação, estão suspensos os serviços de coleta e distribuição de dinheiro em agências, casas lotéricas e grandes redes varejistas. Uma nova assembleia deverá ser realizada hoje.

Embora ainda não estivesse causando grandes transtornos para os usuários, o movimento já colocou alguns bancos em "estado de atenção". Temendo a falta de abastecimento de cédulas, algumas agências começaram a adotar planos de contingência, limitando o valor máximo para saques nos caixas eletrônicos. Na tarde de ontem, alguns terminais de bancos na região central de Curitiba estavam fora de operação por desabastecimento de cédulas. A situação mais crítica foi observada na agência do Banco do Brasil da Praça Carlos Gomes, em que três caixas eletrônicos estavam desligados – mesmo assim, mais de dez máquinas funcionavam normalmente.

Em outra agência do Banco do Brasil, na Rua Marechal Deo­doro, a gerência informa com um cartaz na entrada que, em função da greve, os saques estão disponíveis apenas no autoatendimento, sendo impossível efetuar saques na boca do caixa. A agência, entretanto, continua operando com o limite normal de saques nos caixas eletrônicos de R$ 600 por dia e um saque de R$ 1 mil por mês. Outras agências da região central, entretanto, operavam normalmente, limitando os valores de saque às quantias operacionais de cada banco.

De acordo com o presidente do Sindeesfort-PR, Paulo Sérgio Gomes, todos os 1,8 mil seguranças de transporte de valores aderiram à greve. A adesão de 100%, entretanto, é contestada por funcionários de alguns bancos, que afirmam que continuam com abastecimento "normal", como garante uma agência do Santander na Rua XV de No­­vembro, no Centro de Curitiba; ou "parcial", como afirma uma funcionária do Itaú, também na Rua XV.

Reivindicações

A proposta das empresas foi de reajuste de 7,31%, o que representa 1,5% de aumento real. A categoria, por sua vez, reivindica reajuste salarial de 13% e convênio médico totalmente custeado pelas empresas, além da inclusão do adicional de 30% por risco de vida no 13.º salário e nas férias. A pauta também inclui reajuste no vale-alimentação e mudança no sistema de banco de horas. Além dos seguranças de carros-fortes, os chamados tesoureiros também estão em greve. Esse segmento da categoria pede a elevação do piso atual de R$ 749 para R$ 902 – cerca de 20% de reajuste nominal.

A segurança no interior das agências bancárias não apresenta problemas, pois os vigilantes patrimoniais não entraram em greve. Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), afirmou que "os bancos têm con­­tratos com as empresas de Transporte de Valores e esperam uma rápida solução do conflito, de forma a garantir que o atendimento ao público não seja prejudicado".

Situação de várias agências de Curitiba

BradescoAGÊNCIAMarechal DeodoroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia

AGÊNCIAXV de NovembroSITUAÇÃODois terminais inoperantes por falta de cédulasLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia

HSBCAGÊNCIAMarechal DeodoroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia

AGÊNCIAXV de NovembroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia

ItaúAGÊNCIAXV de NovembroSITUAÇÃODois terminais inoperantes por falta de cédulasLIMITE DE SAQUER$ 1,1 mil por dia

AGÊNCIAMarechal DeodoroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1,1 mil por dia.

Banco do BrasilAGÊNCIAPraça Carlos GomesSITUAÇÃOTrês terminais inoperantes por falta de cédulasLIMITE DE SAQUER$ 600 por dia e um saque de R$ 1 mil por mês.

AGÊNCIAMarechal FlorianoSITUAÇÃOSaques apenas nos terminais de autoatendimento. Operação não está sendo realizada na boca do caixa em função da greveLIMITE DE SAQUER$ 600 por dia e um saque de R$ 1 mil por mês.

Caixa Econômica FederalAGÊNCIAPraça Carlos GomesSITUAÇÃOPlano de contingênciaLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia. Acima desse valor, apenas nos caixas.

SantanderAGÊNCIAMarechal DeodoroSITUAÇÃOUm terminal inoperanteLIMITE DE SAQUER$ 1 mil a R$ 1,2 mil, dependendo do tipo de conta.

AGÊNCIAXV de NovembroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1 mil a R$ 1,2 mil, dependendo do tipo de conta.

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