"Tango Down"
Hackers derrubam site do HSBC
Agência Estado
O alvo de ontem dos hackers brasileiros do grupo Anonymous não foi a Caixa Econômica Federal, como anunciado nas redes sociais, e sim o portal do HSBC. A partir das 11h30 de ontem, o site apresentou lentidão e dificuldade de acesso. Nos últimos três dias, os sites do Itaú, Bradesco e Banco do Brasil foram atacados.
A assessoria de imprensa do HSBC não confirma o ataque. Segundo nota, o portal do banco está apresentando um volume de acessos acima do esperado. "O HSBC está trabalhando para normalizar o serviço e esclarece aos clientes que há outros canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos e Phone Center", informa a assessoria do banco.
Enquanto isso, os hackers celebravam mais um ataque nas redes sociais: "HSBC No Brasil e no mundo. Menos na Internet! - Tango Down! [alvo caído, em inglês]". A meta dos hackers é invadir um site de banco por dia nesta semana. A previsão é de que o alvo de hoje seja o Santander, segundo as redes sociais. O grupo diz que os ataques da chamada #OpWeeksPayment algo como "operação semana de pagamento de salários" têm como objetivo alertar a população brasileira sobre a injustiça e a corrupção no país.
Os vigilantes que trabalham com transporte de valores vão continuar em greve, o que pode começar a afetar o abastecimento de cédulas nos caixas eletrônicos a partir de hoje. Em assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Valores e Escolta Armada do Paraná (Sindeesfort-PR), no início da noite de ontem, a categoria rejeitou a proposta patronal e decidiu manter a greve por tempo indeterminado. Com a paralisação, estão suspensos os serviços de coleta e distribuição de dinheiro em agências, casas lotéricas e grandes redes varejistas. Uma nova assembleia deverá ser realizada hoje.
Embora ainda não estivesse causando grandes transtornos para os usuários, o movimento já colocou alguns bancos em "estado de atenção". Temendo a falta de abastecimento de cédulas, algumas agências começaram a adotar planos de contingência, limitando o valor máximo para saques nos caixas eletrônicos. Na tarde de ontem, alguns terminais de bancos na região central de Curitiba estavam fora de operação por desabastecimento de cédulas. A situação mais crítica foi observada na agência do Banco do Brasil da Praça Carlos Gomes, em que três caixas eletrônicos estavam desligados mesmo assim, mais de dez máquinas funcionavam normalmente.
Em outra agência do Banco do Brasil, na Rua Marechal Deodoro, a gerência informa com um cartaz na entrada que, em função da greve, os saques estão disponíveis apenas no autoatendimento, sendo impossível efetuar saques na boca do caixa. A agência, entretanto, continua operando com o limite normal de saques nos caixas eletrônicos de R$ 600 por dia e um saque de R$ 1 mil por mês. Outras agências da região central, entretanto, operavam normalmente, limitando os valores de saque às quantias operacionais de cada banco.
De acordo com o presidente do Sindeesfort-PR, Paulo Sérgio Gomes, todos os 1,8 mil seguranças de transporte de valores aderiram à greve. A adesão de 100%, entretanto, é contestada por funcionários de alguns bancos, que afirmam que continuam com abastecimento "normal", como garante uma agência do Santander na Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba; ou "parcial", como afirma uma funcionária do Itaú, também na Rua XV.
Reivindicações
A proposta das empresas foi de reajuste de 7,31%, o que representa 1,5% de aumento real. A categoria, por sua vez, reivindica reajuste salarial de 13% e convênio médico totalmente custeado pelas empresas, além da inclusão do adicional de 30% por risco de vida no 13.º salário e nas férias. A pauta também inclui reajuste no vale-alimentação e mudança no sistema de banco de horas. Além dos seguranças de carros-fortes, os chamados tesoureiros também estão em greve. Esse segmento da categoria pede a elevação do piso atual de R$ 749 para R$ 902 cerca de 20% de reajuste nominal.
A segurança no interior das agências bancárias não apresenta problemas, pois os vigilantes patrimoniais não entraram em greve. Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), afirmou que "os bancos têm contratos com as empresas de Transporte de Valores e esperam uma rápida solução do conflito, de forma a garantir que o atendimento ao público não seja prejudicado".
Situação de várias agências de Curitiba
BradescoAGÊNCIAMarechal DeodoroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia
AGÊNCIAXV de NovembroSITUAÇÃODois terminais inoperantes por falta de cédulasLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia
HSBCAGÊNCIAMarechal DeodoroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia
AGÊNCIAXV de NovembroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia
ItaúAGÊNCIAXV de NovembroSITUAÇÃODois terminais inoperantes por falta de cédulasLIMITE DE SAQUER$ 1,1 mil por dia
AGÊNCIAMarechal DeodoroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1,1 mil por dia.
Banco do BrasilAGÊNCIAPraça Carlos GomesSITUAÇÃOTrês terminais inoperantes por falta de cédulasLIMITE DE SAQUER$ 600 por dia e um saque de R$ 1 mil por mês.
AGÊNCIAMarechal FlorianoSITUAÇÃOSaques apenas nos terminais de autoatendimento. Operação não está sendo realizada na boca do caixa em função da greveLIMITE DE SAQUER$ 600 por dia e um saque de R$ 1 mil por mês.
Caixa Econômica FederalAGÊNCIAPraça Carlos GomesSITUAÇÃOPlano de contingênciaLIMITE DE SAQUER$ 1 mil por dia. Acima desse valor, apenas nos caixas.
SantanderAGÊNCIAMarechal DeodoroSITUAÇÃOUm terminal inoperanteLIMITE DE SAQUER$ 1 mil a R$ 1,2 mil, dependendo do tipo de conta.
AGÊNCIAXV de NovembroSITUAÇÃONormalLIMITE DE SAQUER$ 1 mil a R$ 1,2 mil, dependendo do tipo de conta.
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