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AB InBev

Avaliada em mais de R$ 250 bilhões, a ABInBev é a maior cervejaria do mundo, com operações em 32 países. No Brasil, tem como carros-chefes as marcas Skol, Brahma, Antarctica e Original e é dona de uma fatia de 68% do mercado, segundos dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas. Globalmente detém, entre outras, a Stella Artois, cerveja belga que está entre as mais vendidas no mundo.

Brasil Kirin

Surgiu da aquisição da Schincariol, de Itu (SP), pela japonesa Kirin Brewery Company, em 2011. Hoje, a Brasil Kirin é comandada por Gino di Domenico, presidente da antiga Schincariol, e tem uma fatia de cerca de 10% do mercado. Seus principais produtos alcoólicos são a Schin, Devassa e Baden Baden. Em setembro, a Kirin obteve autorização do Cade para fabricar as marcas Schin e Glacial na fábrica da Inab, em Toledo, no Paraná.

Petrópolis

Segunda maior cervejaria do país, com cerca de 12% do mercado, o Grupo Petrópolis pertence desde 1998 ao empresário Walter Faria e comercializa as marcas Itaipava e Crystal, entre outras. Sua ascensão rápida provocou suspeitas no setor relacionadas a suposta sonegação fiscal. Em 2005, a Receita Federal conduziu a Operação Cevada para apurar a conduta da Petrópolis e a Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo também abriu uma operação contra o grupo pelo mesmo motivo em 2012. Em 2014, firmou parceira com a inglesa SABMiller.

Heineken

Terceira maior cervejaria global em volume produzido, a holandesa Heineken é uma das marcas mais valiosas do mundo e atua em mais de 70 países. No Brasil, sua participação no mercado está em torno de 9% e a empresa produz as marcas Heineken, Desperados, SOL Premium, Kaiser, Bavaria, Amstel e Gold. Além disso, importa da Áustria a Edelweiss e Murphy´s Irish Stout da Irlanda. Em Ponta Grossa, onde produz Kaiser e Bavária, em breve vai fabricar as marcas Heineken e Redler.

Após uma fase de disputas intensas no mercado do Nordeste, a indústria cervejeira se volta para o Paraná. As quatro principais fabricantes – Ambev, Petrópolis, Kirin Brasil e Heineken, donas de mais de 95% da produção nacional – anunciaram planos envolvendo o estado. Os projetos de ampliação ou construção de fábricas somam R$ 1,3 bilhão e vão aumentar a capacidade de produção e de distribuição da bebida na região.

"Ocorreu uma estabilização do mercado nordestino, que vinha puxando o setor especialmente pelo vigor de consumo da classe C. Desse modo, as cervejarias estão buscando formatos de negócios com custos menores e com a valorização de produtos mais caros nos mercados consolidados, a exemplo do Sul e do Sudeste", afirma Adalberto Viviani, consultor da Concept, especializada em bebidas e alimentos.

Nesse contexto, o Paraná se destaca não apenas pelo mercado consumidor, mas também pela posição logística favorável, da qual é possível atender aos consumidores da Região Sul e do interior paulista. A oferta de cevada e os incentivos fiscais também ajudaram.

A Cervejaria Petrópolis ensaiou entrar no estado no início deste ano, mas ainda não definiu a localização de sua fábrica. O presidente da Petrópolis, Walter Faria, assinou protocolos de intenção de investimentos no valor de R$ 742 milhões, contemplando uma maltaria e uma cervejaria, além da reativação da encrencada esmagadora de soja Imcopa.

Enquanto a fábrica no Paraná não sai do papel, a Petrópolis tem boas possibilidades de expansão por meio de uma parceria recém-firmada com a SABMiller, segunda maior cervejaria do mundo. O grupo deve iniciar a produção de algumas marcas do portfólio da SABMiller, e entre as opções mais prováveis estão a própria Miller e a Pilsener Urquell.

Para Danny Claro, professor do Insper especializado em canais de distribuição, devido à formatação já consolidada do setor, cada mililitro de mercado que as empresas puderem conquistar com a expansão orgânica – construção ou ampliação de fábricas, sem contar a aquisição de outras empresas – é fundamental. "Hoje, as possibilidades de aquisição de grandes grupos estão esgotadas e essas parcerias são a alternativa de crescimento que se apresenta", avalia.

Outra iniciativa neste sentido é a parceira firmada em setembro entre a Kirin Brasil e a Inab, fabricante da Colônia, pertencente ao empresário Carlos Massa, o Ratinho. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou o negócio entre as empresas, aceitando o argumento de ganho de sinergia.

"Este é um negócio bom para a Inab, pois aumenta sua capacidade produtiva, e também para a Kirin, que aumenta a presença em um mercado onde não tinha tanta presença, sem a necessidade de desembolsar grandes valores", diz Viviani, da Concept.

A Ambev deve inaugurar no primeiro trimestre de 2015 sua fábrica em Ponta Grossa, com capacidade de 700 milhões de litros por ano, a um custo de R$ 580 milhões. É a terceira unidade do grupo no estado, onde já tem unidades em Almirante Tamandaré e Curitiba.

Dona de 68% do mercado nacional, que movimentou R$ 70 bilhões no ano passado, a Ambev tem reagido à intensificação dos projetos dos rivais. Segundo Viviani, isso transparece no cuidado com lançamentos de produtos de maior valor agregado, como a cerveja Corona, e na manutenção de uma gestão eficiente, focada no resultado aos acionistas – seu lucro subiu 23% no terceiro trimestre.

A Heineken, por sua vez, anunciou o investimento de R$ 241 milhões na ampliação da fábrica de Ponta Grossa. Segundo Karla Brandão, vice-presidente de relações corporativas, à produção das marcas Kaiser e Bavaria serão acrescentadas a Heineken e a Kaiser Redler, focadas no público local.

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