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Foz do Iguaçu – Os produtores de semente do Paraná vão apresentar à multinacional Monsanto, detentora da patente da tecnologia Roundup Ready (RR), uma nova proposta para pagamento de royalties. Para eles, o valor dos royalties da semente não deve ser maior que a indenização cobrada de quem plantou soja ilegal. Os sementeiros também questionam a patente da soja RR, que ainda não está oficializada no país.

O assunto foi discutido ontem em Foz do Iguaçu onde representantes da Associação Paranaense de Produtores de Semente (Apasem) participam do XVI Congresso Brasileiro de Sementes, que termina no dia 26. Segundo o presidente da Apasem, Luiz Meneghel Neto, a Monsanto é detentora da soja RR nos Estados Unidos. Mas no Brasil, a empresa ainda não possui a concessão da carta patente, apesar de o pedido já ter sido protocolado. "Se não chegarmos a um acordo podemos entrar com uma liminar na justiça. A Monsanto não pode usar o monopólio legal de forma abusiva", diz.

Os sementeiros também discordam da proposta da empresa, porque, segundo eles, o produtor que vai comprar semente legal pagará um valor maior em relação aquele que usou a semente ilegal, fato que pode incentivar a pirataria. A Monsanto está exigindo dos agricultores R$ 35,20 por saca de 40 quilos de sementes (R$ 0,88/kg de semente), o que equivale a R$ 50,00 por hectare plantado. Segundo os produtores, esse valor é o dobro do cobrado do sojicultor que plantou semente ilegal, que é de 2%, ou seja, cerca de R$ 30,00 por hectare. "Queremos um jogo claro para incentivar o agricultor a buscar semente melhorada. Se a Monsanto cobra 2% na moega queremos que os produtores paguem 1% no valor do grão", diz Meneghel.

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