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Confira algumas obras propostas pelas entidades do Fórum Permanente Futuro 10 |
Confira algumas obras propostas pelas entidades do Fórum Permanente Futuro 10| Foto:

Falta de articulação política é obstáculo

O senador Sergio Souza (PMDB) defendeu um esforço mais efetivo para incluir projetos de interesse estrutural no orçamento da união por parte da bancada. "Entre 2007 e 2010, apenas 46% das emendas foram empenhadas. Ou seja, por ano, o estado perde R$ 200 milhões em emendas de bancada", disse. Para o deputado Reinhold Stephanes (PMDB), a articulação tem de ter participação direta do governo federal. "Uma coisa que faltou a essa reunião foi a presença dos ministros, que são os interlocutores do governo federal nesse diálogo", disse, referindo-se à ausência de Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Paulo Bernardo, das Comunicações.O deputado federal Eduardo Sciarra (PSD), disse que hoje o Paraná é preterido na liberação de recursos federais em relação a outros estados, em parte por falta de projetos. "É fundamental a participação da sociedade civil organizada neste processo", afirmou. Criado há seis anos como iniciativa do GRPcom, o Fórum Futuro 10 elegeu como temas prioritários, além da infraestrutura, as áreas de educação, ética na gestão pública e empreendedorismo e inovação.

  • Beto Richa:

Representantes do Fórum Permanente Futuro 10, que reúne 16 entidades representativas de classe, se encontraram ontem em Curitiba com parte da bancada parlamentar do Paraná em Brasília e o governador Beto Richa para discutir propostas de investimentos na área de infraestrutura de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias. O objetivo é viabilizar investimentos da ordem de R$ 6 bilhões para eliminar gargalos que comprometem a competitividade e o desenvolvimento do estado. Des­­ses, calculam as entidades do Fó­­rum, pelo menos R$ 480 mi­­lhões poderiam ser incluídos por meio de emendas no Orça­mento do governo federal do próximo ano. Outros R$ 5,57 bilhões em projetos poderão ser incluídos no Plano Plurianual de 2013 a 2015.

Segundo Nelson Costa, superintendente do Sindicato e Organi­zação das Cooperativas do Paraná (Ocepar), os problemas de infraestrutura são um desafio para o crescimento. O estado já atraiu R$ 7,5 bilhões em novos investimentos privados, volume que deve chegar a R$ 15 bilhões e desafiar a atual estrutura de logística do estado. A projeção, segundo ele, é de que nos próximos três anos a economia paranaense crescerá de 0,5 ponto a 1 ponto porcentual acima da mé­­dia nacional. "O estado terá de estar preparado para fazer frente a essa demanda", diz.

"Há uma consciência clara, aguda, de que esses gargalos podem sufocar o desenvolvimento. Há também uma consciência de que eles não serão eliminados sem uma integração entre governo, iniciativa privada e terceiro setor. O estado vive um momento especial e temos de aproveitá-lo", disse Guilherme Cunha Pereira, vice-presidente do Grupo Para­naense de Comunicação (GRPCom) e coordenador do conselho diretivo do Fórum.

Entre as propostas, que foram apresentadas na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), estão a dragagem e melhorias no corredor de exportação do Porto de Paranaguá, novo berço para movimentação de veículos, ligação ferroviária eficiente entre Guarapua­va e Paranaguá e também Cascavel e Guaíra, construção de mais uma pista, ampliação do pátio de aeronaves e do terminal de passageiros do aeroporto Afonso Pena, além de aplicação de recursos em rodovias, como a duplicação do trecho rodoviário entre Lapa e São Mateus. Também foi proposta a criação de um banco de projetos, que possa financiar a elaboração de projetos para viabilizar investimentos.

Representantes do governo estadual começam hoje uma série de reuniões com deputados para discutir emendas ao orçamento para o próximo ano. Para o governador Beto Richa, o governo está aberto a dialogar com o Fórum. "Não somos autosuficientes. Quem diz que entende tudo, na verdade, não entende nada. Estamos abertos para discutir com as entidades o melhor caminho para o desenvolvimento do estado", disse. O governador admite que até agora os investimentos ficaram aquém do necessário. "O estado nunca ficou paralisado, mas investimentos da forma vigorosa como eu quero ainda não aconteceram. Mas estamos arrumando as finanças do estado e conseguimos uma redução de 18% nas despesas de custeio", afirma.

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