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Do total de mortes do ano passado, a maioria era de homens (397) com idade entre 19 e 39 anos (186). A faixa etária de 39 a 59 também tem representação alarmante (170). Ao mesmo tempo, foram apenas 26 mortes de mulheres no mesmo período.

Em 2013, 423 pessoas morreram em acidentes de trabalho no Paraná – mais de uma por dia. A maioria (215) morreu em acidentes de trânsito e, em segundo lugar (49), em quedas. Motoristas de caminhão e pedreiros aparecem no topo da lista como mais afetados por acidentes fatais em 2012, ano que registrou 397 falecimentos ligados ao trabalho no estado. Os dados são do DataSUS, a partir de declarações de óbito.

A procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) Renée Machado diz que o Paraná registrou a média de uma morte por dia em todos os últimos anos. "Os números devem ser ainda maiores", ressalva, considerando que muitos falecimentos acabam não sendo registrados como ligados ao trabalho.

Contando apenas os trabalhadores com carteira assinada, foram 641 mortes por acidente de trabalho no Paraná entre 2010 e 2012, de acordo com dados do INSS. "É um problema social alarmante, por trás de cada acidente existe uma família que fica sem norte", lamenta a procuradora. Esta segunda-feira (28) é marcada como Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho. Atualmente, o MPT tem 525 procedimentos em andamento no estado relacionados a acidentes de trabalho.

O que falta para melhorar o número de mortes no trabalho, conforme a procuradora, é um tripé que engloba conscientização das empresas e dos trabalhadores e, principalmente, maior poder de fiscalização dos órgãos competentes. "A empresa que sabe que a fiscalização pode chegar a qualquer momento leva a mais sério o cumprimento das normas", afirma Renée.

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