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Cerca de 1,5 mil pessoas trabalham no Parque de Software de Curitiba | Ricardo Almeida/SMCS
Cerca de 1,5 mil pessoas trabalham no Parque de Software de Curitiba| Foto: Ricardo Almeida/SMCS

Criado em 1996 pela prefeitura e a iniciativa privada como uma maneira de fomentar a área de Tecnologia da Informação e comunicação na cidade, o Parque de Software de Curitiba é testemunha da evolução do setor na última década. Em 2000, cinco empresas estavam instaladas no local, somando um faturamento bruto de R$ 12 milhões. Hoje, já são 24 empreendimentos no espaço de 189 mil m2 na Cidade Industrial, responsáveis por um faturamento de R$ 119, 1 milhões no ano passado. O número de empresas no local só não aumenta por um "detalhe": falta espaço para abrigar novos desenvolvedores.

INFOGRÁFICO: Veja o faturamento do Parque de Software de Curitiba

"A cada duas ou três semanas recebemos contato de alguma empresa querendo vir para cá. O que elas buscam é essa sinergia, a possibilidade de estar em um ambiente que favorece parcerias e a troca de informações. Só não há mais empresas aqui por conta dessa limitação de espaço", diz o gestor da Associação das Empresas e Entidades do Parque de Software, Jefferson Bellenda.

Atualmente, cerca de 1,5 mil pessoas trabalham no parque, que segue contratando: na última convocação feita pela associação, havia 80 postos de trabalho em aberto para cargos como analista Java e desenvolvedor Android.

Artigo

Os desafios da tecnologia na vida das pessoas

José Marinho, diretor da Rede Cidade Digital (RCD)

Não resta dúvida: o momento é dos mais profícuos e o terreno é mais fértil do que nunca para o setor de tecnologia. Produzir tecnologia tornou-se um dos negócios mais atraentes entre os empreendedores. Principalmente para os jovens, que conjugam o gosto pelas máquinas e a facilidade de criarem programas, com os sonhos de descobrir algo ou aprimorar o que já existe. Para fazer sucesso e ganhar dinheiro.

Particularmente em Curitiba, que aparece em pesquisas como uma das capitais mais digitais do país, é notório o surgimento cada vez mais acelerado de iniciativas envolvendo a tecnologia. Muitas ideias de programas, de aplicativos, inundam os cérebros dos "professores Pardais" desta era digital. Com tanta efervescência, verdadeiros clusters proliferam pela capital. Há o pessoal da Aldeia, onde os sonhos chegam à realidade num escritório de espaço compartilhado. Há startups ganhando vida no Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). Há as universidades. Há o esforço dos empreendedores do Parque de Software.

São muitos desafios para o setor, por razão lógica: a tecnologia é ferramenta para atender as pessoas. E o que as pessoas querem? O que as pessoas precisam? São questões que os empreendedores se fazem na hora de começar seus projetos. Do mesmo modo, o gestor público, que precisa da tecnologia para melhorar os serviços que leva ao cidadão, está cada vez mais se conscientizando de que precisa ouvir justamente este cidadão sobre as "necessidades" tecnológicas para melhorar a vida em sociedade.

A interação entre todas as pontas assegurará posição de destaque para Curitiba também na produção de tecnologia. O que será reforçado aproveitando o potencial de toda a região metropolitana, onde existe um grupo, fomentado pela Rede Cidade Digital, elaborando um planejamento integrado para o desenvolvimento tecnológico da região. Isso fará o setor de tecnologia mais forte, mais coeso e mais produtivo. E poderá, assim, concretizar o sonho de transformar a capital do estado e região numa espécie de Vale do Silício.

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