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Kleber Rissardi, da Esco Iguassu: empresa incubada no PTI tem clientes em todo o estado | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Kleber Rissardi, da Esco Iguassu: empresa incubada no PTI tem clientes em todo o estado| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Universidades usam estrutura do parque

A educação também faz parte do DNA do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Lá funcionam três universidades: a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e a Universidade Aberta do Brasil (UAB). Cerca de 2,8 mil estudantes circulam ali diariamente.

Instalado em uma área ocupada por alojamento para ex-barrageiros de Itaipu, hoje o parque reúne cerca de 80 entidades. O parque cede espaço, por exemplo, para o Centro de Engenharia e Ciências Exatas (CECE) da Unioeste. Alunos e professores têm à disposição laboratórios e salas de aulas. Com sede provisória no PTI, a Unila tem hoje seis cursos em andamento no parque. Já a UAB oferece 12 cursos de graduação e pós-graduação gratuitos e já formou 1,5 mil alunos.

Outros projetos do PTI são a Estação Ciência, cujo trabalho é voltado para a popularização da ciência, e o Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho, onde já foram qualificados na temática da astronomia mais de 1 mil professores da rede pública de ensino. O polo participou da descoberta do primeiro sistema de anéis em torno de um asteroide. O resultado do trabalho, feito em conjunto com outras instituições, foi publicado na revista Nature.

O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) acaba de completar dez anos e começa a trabalhar com um novo conceito para dar mais dinâmica à gestação de empresas: a "incubaceleração". A partir de uma parceria feita neste ano com a aceleradora Start You Up, do Espírito Santo, o PTI pretende inserir novas empresas no mercado em um menor tempo.

Atualmente, dez empresas estão sendo pré-incubadas no modelo de incubaceleração. Algumas em fase de projeto, enquanto outras desenvolvem novos produtos ou serviços.

Gerente de Desenvolvimento de Negócios do PTI, Hedryk Daijó explica que o diferencial da incubaceleração é que as empresas passam a ter aporte financeiro da aceleradora e passam a valer mais no mercado. "A aceleradora compra até 10% da empresa. A ideia é que na graduação a empresa tenha um valor considerável. Assim, a aceleradora vende a parte dela e lucra", explica.

Com esse novo modelo, a empresa pode crescer mais rápido e obter um melhor posicionamento no mercado. A incubaceleração pode ser feita com qualquer tipo de negócio. Hoje, cerca de 40% das pré-incubadas no PTI são da área de tecnologia. Boa parte se encaixa no perfil de startup.

Considerada uma das principais aceleradoras do país, a Start You Up faz parte do programa Start Up Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Fases

A pré-incubação dura quatro meses, fase na qual são definidos o modelo de negócio e a viabilidade econômico-financeira da empresa. Já a etapa seguinte, a incubação, pode se estender por até três anos, período no qual a intenção é estabilizar a empresa. Nos últimos seis meses de incubação o negócio já é preparado para a graduação, quando se torna independente.

Desde 2006, o PTI apoiou 225 novos negócios nos mais diversos setores. Ao ano, é atendida uma média de 25 empresas. Atualmente, além dos dez projetos pré-incubados no modelo de incubaceleração, há outras sete empresas incubadas no formato tradicional e nove instaladas no Condomínio Empresarial, ou seja, que já foram graduadas e caminham por si mesmas, o que totaliza 27 negócios. Finalizado o período de incubação, a empresa tem a opção de permanecer no Condomínio Empresarial.

Até o final do ano, a previsão do parque é gerar um total de 114 postos de trabalho no setor de empreendedorismo, cuja média salarial é R$ 2,5 mil. O faturamento de todas as empresas gira em torno de R$ 5 milhões ao ano. Para este ano, a expectativa é chegar a R$ 6 milhões.

Exemplo Graduada, empresa de Foz busca clientes em outras cidades

Uma das empresas consolidadas que nasceu no parque é a Esco Iguassu e Engenharia. Voltada para a avaliação, estudo e diagnóstico de eficiência energética, a empresa deixou a incubadora do PTI em 2012, após um período de quatro anos, e hoje tem clientes em todo Paraná.

Diretor-executivo da empresa e engenheiro elétrico formado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Kleber Rissardi diz que a incubação fez diferença. "A incubadora fez a diferença no apoio estratégico e desenvolvimento do negócio."

Com quatro colaboradores, entre proprietários e funcionários, a empresa atende hospitais, estabelecimentos de ensino e indústrias, de médio e grande porte, que precisem de um sistema para melhorar a gestão do consumo de energia elétrica com o objetivo de economizar. Em um dos cases de sucesso acumulados, a empresa conseguiu reduzir o custo da conta de luz do cliente em 18%.

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