• Carregando...

Rio de Janeiro - O setor de turismo manteve inalterada sua participação na economia brasileira entre 2003 e 2006 e responde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por 3,6% do total de riquezas geradas no país. O instituto divulgou ontem o estudo "Economia do turismo: uma perspectiva macroeconômica 2003-2006", revelando que o setor ocupa em torno de 5,7 milhões de pessoas e somou R$ 31,3 bilhões em rendimentos pagos no ano de referência da pesquisa.

Guilherme Telles, técnico responsável pelo estudo, disse que apesar de o levantamento ser referente a 2006, as informações prosseguem atualizadas, já que os dados são estruturais e não devem ter sofrido modificação significativa nos últimos três anos.

Segundo o instituto, as chamadas Atividades Características do Turismo (ACT), que incluem alimentação, transporte aéreo e rodoviário, entre outros, registraram R$ 73,87 bilhões de valor adicionado (equivalente ao Produto Interno Bruto do setor, o PIB) em 2006.

Segundo Telles, as ACTs podem ser definidas como "um conjunto de atividades sensíveis ao turista, que têm a receita e produção influenciadas pela presença do turista enquanto consumidor".

Ainda em 2006, a atividade de serviços de alimentação liderava a ocupação no setor de turismo, com 2,8 milhões de pessoas, ou 50,01% do total das ACTs. No entanto, esse segmento é contabilizado pela pesquisa incluindo todas as empresas de alimentação do país, sem separação daquelas exclusivamente voltadas para o turismo.

Outros destaques são os serviços de transporte rodoviário (1,08 milhão de pessoas) e as atividades recreativas, culturais e desportivas (1 milhão).

Média

De acordo com a pesquisa, em 2006 as ACT pagaram uma remuneração média anual (incluindo o 13º salário) de R$ 5.484 por trabalhador. Os maiores rendimentos médios anuais estavam nos serviços de transporte aéreo (R$ 68.406), aquaviário (R$ 36.069) e ferroviário (R$ 33.265), e os menores rendimentos médios nos serviços de transporte rodoviário (R$ 4.608) e nos serviços de alimentação (R$ 3.158).

Telles explicou que o segmento de alimentação paga menores salários porque é composto especialmente de empresas de pequeno porte e familiares. Por outro lado, as empresas do setor aéreo são de grande porte e empregam mão de obra mais qualificada e, portanto, mais bem remunerada.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]