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Para quem está desempregado, a Páscoa é mais do que um feriado religioso ou uma ocasião para consumir ovos de chocolate. É uma ótima oportunidade para conseguir um emprego temporário e, quem sabe, ser efetivado na função. De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas Terceirizáveis e Trabalho Temporário (Asserttem), o mercado formal vai abrir pelo menos 3,5 mil vagas temporárias no Paraná em razão da Páscoa. A indústria do chocolate já fez as contratações para a produção, mas grande parte dos postos de trabalho são para ponto de vendas e eventos promocionais – vagas que começam a ser preenchidas agora.

A agência de trabalho temporário Pró Eventos está entrevistando cerca de 3 mil pessoas durante esta semana para fazer a pré-seleção de pessoal. As vagas não se restringem ao setor de chocolates. Os aprovados poderão atuar para empresas de telefonia, perfumaria ou de bebidas, por exemplo. "O mercado em geral contrata não só quem fabrica doces. Nestas épocas sazonais, incluindo Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados, há muita absorção de mão-de-obra", diz Fabrício de Macedo, um dos sócios da Pró Eventos.

Perfil amplo

Como grande parte das vagas diz respeito a pontos de venda e ações de marketing, o perfil do trabalhador temporário é bastante amplo. "O que importa para nós é que ele seja comunicativo. Não importa se tem 18 ou 50 anos, qual o sexo, raça ou aparência física", afirma Macedo. Após a pré-seleção, os candidatos passam por outra bateria de testes para apenas em fevereiro serem escolhidos pelas empresas interessadas. Depois passam por um treinamento, que, mesmo curto, é importante, segundo Débora Mattos, também sócia da Pró Eventos. "O consumidor é muito exigente. No caso de chocolate, as pessoas querem saber todo o tipo de detalhes. Na telefonia, um atendente que não souber bem como explicar as tarifas e pacotes pode criar um grande problema para as empresas", relata. O trabalho propriamente dito começa 45 dias antes da Páscoa, que neste ano é em 8 de abril. Mas alguns clientes empregam pessoas apenas nas duas semanas anteriores ao feriado.

Em todo o Brasil, a Asserttem estima que as contratações temporárias de Páscoa cheguem a 48,7 mil, o que representa crescimento de 5% em relação a 2006, quando foram criadas 46,3 mil vagas. A maior parte dos postos de serviço (60%) é para o comércio, e o restante para a indústria. "O crescimento se deve também a um aumento nos postos de venda, como novos shoppings ou quiosques", diz o diretor de comunicação da Asserttem, Vander Morales. Segundo a entidade, nos últimos três anos, uma média de 30% dos funcionários temporários foram efetivados nas empresas.

De acordo com a Asserttem, o empregado temporário tem os mesmos direitos do efetivo, como salário equivalente, jornada de oito horas, repouso semanal remunerado, férias proporcionais, 13.º salário e proteção previdenciária. As exceções são aviso prévio e recebimento da multa de 40% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O contrato temporário de trabalho pode ter duração de até 90 dias, renovável por mais 90 dias.

Fábrica de chocolates

A multinacional Kraft Foods, com fábrica na Cidade Industrial de Curitiba, contratou cerca de mil funcionários temporários para a produção da linha de Páscoa. Eles atuam na empresa desde setembro e permanecem cerca de seis meses. "É um período longo e por isso há grandes chances de eles serem efetivados. Quando abre uma vaga fixa, damos prioridade ao pessoal que já trabalhou com a gente e está na base de dados", diz a gerente de Recursos Humanos da empresa, Cláudia Gomes. Nas próximas semanas, a Kraft vai iniciar a contratação de pessoal para pontos de venda. Serão 5 mil pessoas para todo o Brasil, das quais 600 para atuar no Paraná. "É uma responsabilidade grande, pois as pessoas serão a imagem da Kraft na frente do consumidor", acrescenta.

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