A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve autorizar na terça-feira (17) o pedido de reajuste de 32,4% na tarifa de energia elétrica solicitado pela Copel. Se aprovado, o reajuste vai causar impacto de 0,5% nos custos de produção da indústria paranaense a partir do próximo dia 24, quando entrará em vigor a nova tarifa. É o que mostra levantamento da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), segundo o qual os custos com energia elétrica devem subir dos atuais 1,54% para 2,04%.
"Esse aumento de 0,5 ponto percentual pode parecer pequeno, mas, na verdade representa um grande impacto nos custos e despesas totais das empresas", afirma o economista Roberto Zurcher, em entrevista à Agência Fiep.
O presidente da federação, Edson Campagnolo, ressalta que, além de sofrer com os mesmos problemas que afetam a indústria brasileira como um todo, como carga tributária elevada e altos encargos trabalhistas, a indústria paranaense tem sido obrigada a enfrentar outras questões específicas do Estado que reduzem ainda mais a competitividade das empresas. "Agora, se esse elevado reajuste solicitado pela Copel for aprovado, as tarifas de energia elétrica serão outro problema, elevando significativamente também os custos de produção, especialmente para setores que têm grande dependência desse insumo", completa.
De acordo com a pesquisa da federação, o setor de fabricação de produtos de madeira será um dos mais impactados pelo alto reajuste, passando de 4,43% para 5,87%. No caso das indústrias metalúrgicas, a energia passará a representar 5,99% do total de custos das empresas, contra os atuais 4,52%. Quem também teria um aumento sensível em suas planilhas de custos seriam as empresas de fabricação de produtos têxteis, com a energia passando a responder por 5,53% do total, ao invés dos 4,17% atuais.



