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Pela primeira vez na história, a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) será disputada por três chapas. Uma delas é a do atual presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, que tentará a reeleição. As outras duas são formadas por vice-presidentes da federação, que estiveram na chapa que elegeu Rocha Loures no pleito de 2003, mas que, descontentes com seu trabalho, decidiram apresentar propostas alternativas. Álvaro Scheffer, de Ponta Grossa, encabeça a chapa que reúne a maioria dos atuais vice-presidentes, e Virgílio Moreira Filho, atual secretário de estado da Indústria e Comércio, representa o grupo alinhado com o governador Roberto Requião – esta chapa pode ainda apresentar como candidato Luís Mussi, assessor direto de Requião e ex-secretário da Indústria e Comércio.

Para o atual presidente, as divergências são conseqüência da democracia instalada na sua gestão, mas é para ele que sobram críticas dos adversários. "O presidente não pode personificar a federação e impor vontade própria. É o que hoje está acontecendo", diz Álvaro Scheffer. Para ele, a Fiep se distanciou da base industrial e dos sindicatos patronais a ela filiados.

Luís Mussi faz questão de frisar que a chapa formada com Virgílio Moreira Filho "não é chapa do governo", mas, para ele, falta justamente aproximação com a administração estadual. "No meu entendimento, o Rodrigo [Rocha Loures] achou a Fiep muito mais importante que o próprio governo, a Secretaria da Indústria e as empresas", critica Mussi.

Rocha Loures responde que a relação entre Fiep e governo deve ser de parceria, não de subordinação, e que sua gestão aproximou os sindicatos patronais da diretoria. "A nossa proposição era fazer uma gestão dinâmica e participativa, e foi exatamente o que aconteceu. Nunca na história da federação os sindicatos tiveram tanto apoio para se organizar e se fortalecer."

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