• Carregando...

Pelo menos 35 mil de um total de 75 mil trabalhadores da Ford que recebem por hora resolveram aderir a um plano de demissão voluntária ou de aposentadoria, segundo uma reportagem publicada pela Detroit News nesta quarta-feira.

A empresa havia anunciado que pretendia reduzir seus quadros em 30 mil funcionários e ofereceu pagamentos que poderiam superar US$ 140 mil para quem optasse por se desligar da companhia.

A adesão irá permitir que a Ford acelere seus planos de corte de custos e de fechamento de fábricas, para reduzir perdas nas operações na América do Norte. As ações da empresa subiam 1,6% na bolsa de Frankfut, no início dos negócios.

O porta-foz da Ford, Oscar Suris, não confirmou o número total dos trabalhadores que acataram o plano, dizendo apenas que a empresa irá anunciar os dados finais no momento apropriado.

O jornal também diz que a Ford espera que entre 35 mil e 36 mil trabalhadores que ganham por hora deixem a empresa. O número dos que se inscreveram é ainda maior, mas a montadora acredita que alguns desistirão da adesão.

Os funcionários ainda têm até segunda-feira para se inscrever no programa, e terão mais uma semana para voltar atrás. Os que aderirem deverão deixar a empresa em setembro de 2007, quando os contratos com o sindicato Trabalhadores Unidos do setor Automotivo expiram.

Os cortes de trabalhadores que ganham por hora não incluem o corte de outras 14 mil assalariados da Ford. Alguns destes já deixaram a companhia, que espera outros 10 mil a aderirem voluntariamente às demissões.

A Ford anunciou na segunda-feira um plano para tomar emprestado US$ 18 bilhões, dando como garantia suas ações. A proposta sem precedentes chamou a atenção do mercado, uma vez que sinalizou as más condições financeiras em que a empresa se encontra.

Quando anunciou seu plano de demissões em setembro, a empresa disse que não esperava que suas unidades nos EUA voltassem a ser lucrativas até 2009 e que iria perseguir uma fatia de 14% a 15% do mercado de veículos dos Estados Unidos. Esta participação faria com que ela ficassem em terceiro lugar em vendas, atrás da General Motors e da Toyota Motor.

A GM também demitiu cerca de 35 mil trabalhadores nos Estados Unidos, de um total de 120 mil. A empresa tenta tirar suas operações no país do vermelho. A Chrysler também vem enfrentando dificuldades financeiras, embora ainda não tenha anunciado demissões.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]