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Comércio Exterior - Terminal terá novo pátio para operações com veículos

O pólo automotivo do Paraná, que tem se destacado na produção e exportação de veículos, contará com uma nova estrutura no Porto de Paranaguá. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vai transformar uma área de 33 mil metros quadrados, em frente ao prédio administrativo e próximo ao portão principal, em um novo pátio de veículos. A entidade informa que cobrará aluguel para a utilização do estacionamento, que estará disponível para qualquer montadora. O pátio deve começar a ser utilizado em três meses.

Atualmente, o porto possui duas áreas de apoio à importação e exportação de veículos, que totalizam cerca de 150 mil metros quadrados, em área vizinha ao TCP. A movimentação de automóveis pelo Porto de Paranaguá cresceu de forma acelerada em 2007. Do início do ano até o início desta semana, foram exportadas 86 mil unidades e importadas 44,5 mil, contra 58,8 mil e 21 mil no mesmo período do ano passado, respectivamente.

As vendas externas da Renault, por exemplo, totalizaram 22,5 mil veículos entre janeiro e setembro deste ano, quase o dobro registrado em 2006. A montadora, que teria interesse em uma área própria no Porto de Paranaguá, preferiu não fazer comentários sobre o novo pátio. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção paranaense de automóveis e comerciais leves aumentou 28% até setembro. (RF)

A Perdigão vai retomar as exportações pelo Porto de Paranaguá, interrompidas há cerca de cinco anos. A informação foi divulgada pela agência de notícias do governo estadual. Atualmente, a empresa concentra suas vendas para o exterior no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, onde possui um centro de serviços. De acordo com o texto da agência, a empresa também tem interesse em investir em uma nova unidade no Paraná, que seria no município de Castro, na região dos Campos Gerais.

A Perdigão está em período de silêncio até sexta-feira de manhã, quando vai divulgar os resultados financeiros do terceiro trimestre deste ano. Por causa disso, a empresa não pode fazer comentários sobre novos investimentos ou projetos. O prefeito de Castro, Moacyr Fadel (PMDB), se mostrou surpreso com a divulgação da informação. Ele também não quis confirmar os detalhes do novo projeto, mas disse que vinha se reunindo com diretores da companhia há alguns meses para disputar um investimento na área de carne bovina. A empresa já tem instalações no município. Há dois anos a Perdigão investiu cerca de R$ 42 milhões em uma incubadora de aves. Agora, ela não confirma a nova unidade.

No primeiro semestre deste ano, a Perdigão exportou o equivalente a R$ 1,5 bilhão, alta de 38% em relação ao primeiro semestre de 2006. Os principais destinos foram Europa (30,6%), Extremo Oriente (24,9%) e Oriente Médio 23,1%. A receita bruta no semestre foi de R$ 3,57 bilhões, 36,5% superior ao do mesmo período do ano passado. A Perdigão passou a ter força no mercado paranaense a partir de 2001, quando incorporou a Batávia.

No Porto de Paranaguá, a Perdigão vai concorrer diretamente com a Sadia, que em maio deste ano inaugurou um novo terminal de congelados. A Sadia investiu R$ 19 milhões e ampliou a capacidade de armazenagem no porto em quase três vezes, chegando a 8,5 mil toneladas. A empresa tem acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) para ter prioridade de embarque nos cais quatro e cinco, que ficam em frente ao terminal. A Appa, ontem à tarde, ainda desconhecia as intenções da Perdigão em voltar a exportar por Paranaguá.

De acordo com dados da Appa, até 23 de outubro o Porto de Paranaguá exportou 159,7 mil toneladas de congelados, principalmente da Sadia. Pelo Porto de Antonina passaram 65,8 mil toneladas. A maior parte do volume é exportado pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).

De acordo com dados do Sindicato e da Associação de Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Sindiavipar), o Paraná deve comercializar com o exterior 860 mil toneladas até o final deste ano. O estado é o principal produtor de frango do Brasil, com cerca de 100 milhões de aves abatidas por mês. As indústrias do Paraná exportaram 401,1 mil toneladas de frango de corte no primeiro semestre deste ano, alta de 21,25% em relação ao mesmo período de 2006.

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