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Evento organizado pela Fiep contra o aumento de impostos, na Boca Maldita, em Curitiba, chamou a atenção  no início do mês | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Evento organizado pela Fiep contra o aumento de impostos, na Boca Maldita, em Curitiba, chamou a atenção no início do mês| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A expectativa dos industriais de empresas paranaenses para 2016 é extremamente baixa, mostra a 20ª Sondagem Industrial, realizada anualmente pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em parceria com o Sebrae. Conforme a pesquisa, mais da metade dos ouvidos (54,03%) está pessimista para o próximo ano. O indicador favorável (32,89%) é o menor desde 1996 e, pela primeira vez, está abaixo dos 50%.

No levantamento, o empresariado paranaense aponta vários empecilhos para enfrentar a concorrência no mercado interno. A carga tributária elevada continua sendo a campeã, com 78,19%; seguida dos encargos sociais elevados com 66,78%. Além disso, dificultam o bom andamento das indústrias, segundo os entrevistados, o custo financeiro elevado (55,70%), custo elevado de fabricação (40,27%), elevados custos de distribuição (35,91%), e mão de obra não qualificada (24,83%).

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Entre os fatores que contribuem para a diminuição da expectativa, de acordo com o superintendente da Fiep Reinaldo Tockus, estão o aumento da dívida interna, que superou os R$ 2,5 trilhões em outubro e o “crescente endividamento externo, que superou os US$ 350 bilhões, contraído em grande medida para fomento ao consumo interno e não para realização de investimentos”.

Tockus também cita como fatores que minam a confiança dos empresários no próximo a queda do PIB de 3,2% nos primeiros três trimestres, o rebaixamento e perda do grau de investimento do Brasil, a inflação acima de 10% e a instabilidade política.

Nesta edição da Sondagem Industrial, participaram 371 empresas de todas as regiões do estado e de todos os portes.

Estratégia e investimentos

A estratégia de maior importância para 2016 foi, pela sexta vez consecutiva, a satisfação dos clientes, apontada por 51,34% dos entrevistados. O desenvolvimento de novos negócios aparece com 51,34%.

Entre as estratégias para aumento de produtividade estão: aumento da qualidade (42,01%), redução de custos (39,94%) e obtenção de vantagem competitiva (18,05%).

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