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Mundo imaginário?

Pessoas se expõem menos no Second Life

Especialista dos EUA defende tese de que usuários do mundo 3D são mais reservados do que os de blogs ou chats

Muitos especialistas já defenderam a tese de que os usuários de internet são mais informais quando participam de salas de chat, blogs e fórum online, suficientemente à vontade, inclusive, para assumir outra personalidade. Mas para Jaron Lanier, especialista do Centro de Comportamento e Tecnologia da Universidade de Berkeley, na Califórnia, as pessoas se comportam mais quando estão expostas em ambientes virtuais em 3D, representados por uma personagem - no caso do Second Life, de um avatar.

- No Second Life as pessoas representam, mas em geral de uma forma mais contida, controlada e centralizada, como em um teatro - afirmou o especialista, que participou na última semana de um evento de tecnologia para empresas nos EUA.

Lanier, um dos pioneiros nos estudos avançados sobre realidade virtual - o termo foi, inclusive, registrado por ele na década de 80 do século XX -, defendeu a tese de que as pessoas vigiam mais seus comportamentos e posturas no Second Life para não comprometer sua imagem e mesmo suas propriedades, reportou o especialista ao CNet.com. Segundo ele, no jogo virtual e ambiente tridimensional há "dinheiro em jogo" - no caso, o linden dólar, moeda oficial do mundo em 3D e que tem uma taxa de câmbio média de 300 dólares Linden para cada dólar verdadeiro.

- Elas (as pessoas) têm mais a perder - afirmou Lanier, que lembra que as pessoas escolher uma personagem e, como são vistas e expostas, mesmo na forma de avatares, há a criação de empatia - antipatia ou simpatia.

O Second Life, criado inicialmente como um jogo virtual pela californiana Linden Lab, havia registrado, até o início de julho, mais de oito milhões de usuários ativos. As taxas de pagamentos anuais para participação do Second Life custam a partir de US$ 20.

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