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Os petroleiros da Petrobras que trabalham nas plataformas da bacia de Campos cruzaram nesta quinta-feira (25) os braços contra o fim de um benefício que recebem desde abril de 2012, o Repouso Semanal Remunerado. De acordo com o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro/RJ), José Maria Rangel, o movimento conseguiu a adesão de 39 das 46 plataformas instaladas na bacia, sendo que três tiveram a produção totalmente paralisadas. Cerca de 5 mil trabalhadores teriam aderido ao movimento, segundo Rangel.

"Paramos a P-7, a P-15 e a P-35, que juntas produzem 50 mil barris", disse à reportagem. No final do dia, a Petrobras informou em nota que a redução de produção hoje foi de apenas 10 mil barris de petróleo. De acordo com a empresa, apenas a P-7 e a P-15 tiveram a produção interrompida por algumas horas, mas depois retornaram à operação com uma equipe contingência da estatal. A P-35, segundo a companhia, já estava parada para manutenção. Segundo Rangel, a Petrobras obteve uma liminar para acabar com o benefício, dentro da sua política atual de redução de custos.

A empresa não tem feito caixa suficiente para financiar o seu plano de US$ 236,5 bilhões até 2017, e por isso vem buscando economizar em alguns setores da companhia, lembrou Rangel, que também iniciou uma luta contra a redução da operação da empresa em campos terrestres em Estados do Nordeste.

Nesta sexta-feira, a diretoria do Sindipetro/RJ se reúne para traçar os próximos passos, a fim de obter o retorno do pagamento. Segundo a Petrobras, não foi registrado nenhum incidente durante a paralisação. A empresa reforçou a importância da mesa de negociações "como o melhor meio de manter o diálogo aberto e transparente com os representantes dos empregados".

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