O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse nesta terça-feira (16) que a alta no preço do petróleo no mercado internacional ainda não justifica um reajuste de preços no mercado interno.
Ele afirmou que a queda do dólar é suficiente para compensar o efeito da alta no preço do barril, que atingiu o valor recorde de US$ 88 em Nova York.
"A valorização do real compensou essa diferença nos preços", afirmou.
A Petrobras não repassa a alta do petróleo, nem a queda do dólar, para o preço da gasolina e diesel desde de setembro de 2005.
Gabrielli disse que não vê espaço no cenário externo para uma queda no preço do barril do petróleo. "A era de preços baixos, que permitiu a vida atual baseada em combustíveis fósseis, acabou", previu o executivo em palestra durante um encontro sobre bioenergia no BNDES.
Sem mudanças
Para Gabrielli, esta situação não deve se reverter nem em curto ou longo prazo. "Hoje, somente 30% das reservas descobertas estão em condição de disponibilidade. A maior parte está localizada em áreas com risco geopolíticos, isso significa que guerras, invasões e demais conflitos terão cada vez mais importância para pressionar os preços, assim como a relação oferta e demanda", disse.
Segundo ele, esse cenário de preço elevado do barril de petróleo deverá estimular o crescimento da procura por biocombustíveis. "Haverá uma pressão crescente da sociedade tanto em relação às condições climáticas, como por questões econômicas", disse.
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