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407 mil barris é o novo recorde de produção diária de petróleo na camada pré-sal. A marca se deve ao aumento da produção em campos nas bacias de Campos e Santos. A marca foi estabelecida no último dia 20 de fevereiro.

Planos

Novo programa de investimentos da estatal é 6,8% menor

A Petrobras anunciou ontem uma redução na previsão de investimentos de seu plano de negócios para o período de cinco anos. A companhia investirá US$ 220,6 bilhões entre 2014 e 2018, 6,8% menos que o montante previsto há um ano para o intervalo 2013-2017 (US$ 236,7 bilhões).

A notícia tende a ser bem recebida pelo mercado, diante do aperto de caixa sofrido pela companhia por causa da defasagem de preços de combustíveis em relação ao mercado internacional. A Petrobras também divulgou seu plano estratégico para até 2030. Nele, prevê uma produção de 4 milhões de barris por dia em 2020, se sustentando neste patamar na década seguinte.

O segmento com a maior fatia de investimentos até 2018 é o de exploração e produção, com 70% do total (US$ 153,9 bilhões). A área de abastecimento aparece na sequência, com US$ 38,7 bilhões. Em gás e energia, a Petrobrás prevê investir US$ 10,1 bilhões, enquanto no segmento internacional serão outros US$ 9,7 bilhões. Os demais recursos serão destinados a divisões como Petrobras Biocombustíveis e BR Distribuidora, e áreas como engenharia, tecnologia e materiais.

Preço

A Petrobras estima o preço por barril do petróleo (bbl) tipo Brent em US$ 105 para 2014, diminuindo para US$ 100 até 2017 e para US$ 95 no longo prazo, segundo o plano de negócios 2014-2018. No plano anterior (2013-2017), o Brent estava previsto em US$ 107 para 2013, diminuindo para US$ 100 no longo prazo

Após dois anos consecutivos de queda, entre 2011 e 2012, a Petrobras conseguiu reverter a tendência negativa e fechou 2013 com lucro líquido de R$ 23,570 bilhões. O montante representa uma expansão de 11,3% sobre 2012, impulsionada principalmente pelos reajustes de combustíveis aplicados ao longo do ano. A decisão da estatal de adotar a contabilidade de hedge, uma prática contábil que reduz o efeito da variação cambial sobre as dívidas denominadas em dólar, também impactou positivamente o balanço anual.

Veja o balanço da Petrobras em 2013

O lucro de 2013, embora superior ao número de 2012, representa o segundo pior resultado desde 2008, ano marcado pelo início da crise que atingiu a economia norte-americana e se espalhou por todo o mundo. Naquele ano, o lucro da Petrobras se aproximou dos R$ 34 bilhões, patamar que ainda seria superado em 2010, quando atingiu o nível recorde de R$ 35,2 bilhões.

Último trimestre

Observando apenas o quarto trimestre de 2013, a estatal amargou nova queda no lucro líquido. Segundo o balanço, o lucro entre outubro e dezembro foi de R$ 6,281 bilhões, uma retração de 18,9% sobre o quarto trimestre de 2012. Foi a segunda queda trimestral consecutiva registrada pela Petrobras na comparação entre períodos equivalentes – entre terceiros trimestres, o lucro havia caído 39%.

O balanço de 2013 ficou marcado por fatores que impactaram positiva e negativamente os números da estatal. A favor da Petrobras pesou o dólar mais benéfico às exportações, a adoção da contabilidade de hedge e os reajustes de combustíveis anunciados entre 2012 e 2013 – o último, divulgado em novembro, foi de 4% na gasolina e de 8% no diesel.

A Petrobras também conseguiu resultados importantes de controle de custos ao longo do ano e capturou ganho bilionário com a venda de ativos, como as operações que mantinha na África e que resultaram em um ganho de R$ 1,9 bilhão à estatal no segundo trimestre.

Por outro lado, o dólar valorizado afetou o resultado financeiro, situação parcialmente amenizada pela adoção da contabilidade de hedge. O dólar também ocasionou consecutivos prejuízos na área de abastecimento, responsável pela operação de importação e revenda de combustíveis. Além disso, o ritmo de produção de petróleo no Brasil encolheu em 2013, conforme informado anteriormente pela estatal.

Operacional

Como grande parte dos efeitos negativos sobre a última linha do balanço da Petrobras tem origem em questões financeiras relacionadas à variação cambial, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado da Petrobras cresceu 17,8% em 2013, na comparação com o ano anterior, e totalizou R$ 62,967 bilhões.

Já a receita líquida cresceu 8,4% em igual base comparativa e atingiu R$ 304,890 bilhões. Este foi o maior resultado histórico da companhia.

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