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A Petrobras poderá vir a aceitar o reajuste de preços do gás natural importado da Bolívia e que está sendo exigido pelo governo de Evo Morales. A possibilidade foi anunciada nesta sexta-feira pelo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que esteve no Rio para participar do leilão de linhas de transmissão, suspenso devido a duas liminares impetradas por duas empresas na Justiça Federal.

O Ministro garantiu, contudo, que essa possibilidade de aceitar o reajuste de preços do gás não significa uma mudança de postura da Petrobras, que até agora vinha afirmando que não aceitaria o pedido.

- A posição da Petrobras não é de não aceitar, a posição é de negociar dentro dos limites do razoável. Se houver uma clareza de que existe um prejuízo da parte do fornecedor, é claro que a Petrobras não agiria de uma forma unilateral. O problema é que estamos esperando que eles (os bolivianos) demonstrem isso -disse o Ministro.

No entanto, Silas Rondeau garantiu não ter tido uma mudança de posição da Petrobras em relação ao caso.

- O reajuste será feito de uma parte ou da outra se as duas partes concordarem. Cabe à Bolívia demonstrar que existe um desequilíbrio de preços dentro do processo. E a tese da Petrobras é de que não tem desequilíbrio. Todos os mecanismos de ajustes de preços acompanham o mercado - destacou Silas.

As negociações técnicas entre a Petrobras e representantes da estatal Yaciamientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) foram interrompidas na semana passada por falta de um acordo. Foram feitas quatro reuniões até agora. As duas partes concordaram em prorrogar por mais 60 dias as discussões, antes de se tomar alguma decisão.

A Petrobras até então vinha mantendo sua postura de considerar que os preços do gás estão adequados acompanhando os internacionais, e por isso não aceita o reajuste extraordinário. Pelo contrato de importação entre as partes, estão previstos reajustes tarifários trimestrais, o que vem ocorrendo normalmente.

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