• Carregando...
O conselho da Petrobras apresentou o planejamento da estatal para Lula | Antonio Cruz/ABr
O conselho da Petrobras apresentou o planejamento da estatal para Lula| Foto: Antonio Cruz/ABr

BNDES emprestou R$ 91 bilhões

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2008 foram de R$ 90,878 bilhões, segundo tabela divulgada ontem em nota da instituição. O valor supera a previsão inicial do banco para o ano passado, que era de R$ 80 bilhões e fica um pouco abaixo da projeção de R$ 91,5 bilhões feita pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Ainda assim é quase o dobro da média anual de liberações do banco de 2003 ao ano passado, que foi de R$ 45,9 bilhões, e bem mais que o total de 2007, de R$ 64,892 bilhões. Os desembolsos realizados pelo banco estatal permitiram investimentos de aproximadamente R$ 167,7 bilhões em 2008. As contrapartidas dos investidores apoiados foram de R$ 76,8 bilhões. Dentre os investimentos totais, os fixos adquiridos no país foram de R$ 104,4 bilhões e possibilitaram a geração ou manutenção de 2,8 milhões de empregos.

Depois de quatro adiamentos, a Petrobras anunciou ontem à noite seu plano de investimentos para o período de 2009 a 2013, com previsão de US$ 174,4 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 55% com relação ao plano do período 2008-2012, de US$ 112,2 bilhões. Em entrevista coletiva, o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, disse que, apesar do aumento, a companhia vai lutar para desembolsar um valor menor pelos projetos, que foram calculados com base em custos inflacionados. "Vamos lutar fortemente para reduzir os custos dos investimentos", afirmou Gabrielli.

Do total proposto, US$ 92 bilhões serão direcionados para a área de exploração e produção, dos quais US$ 28 bilhões serão destinados para o pré-sal. Gabrielli informou que, em 2013, os campos do pré-sal devem produzir 219 mil barris por dia. Em 2015, o número sobe para 582 mil barris por dia.

Já em 2020, afirmou o executivo, o pré-sal deve produzir 1,8 milhão de barris por dia, volume equivalente à produção de petróleo atual no país. "Esses valores, porém, dependem de negociação com nossos parceiros, porque temos parceiros no pré-sal", afirmou Gabrielli. A meta de produção da companhia em 2013 será de 3,6 milhões de barris por dia. Em 2020, o volume deve subir para 5,1 milhões de barris por dia.

A Petrobras decidiu manter todos os investimentos anunciados para a área de refino, que, segundo analistas, deveriam ser revistos por conta da crise internacional. O segmento vai receber US$ 46,9 bilhões em investimentos. Foram mantidas as refinarias de Pernambuco, com início de operações em 2011, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (2012) e as duas unidades premium (2013 e 2014).

Gabrielli informou que, para este ano, os investimentos serão de US$ 28,6 bilhões, dos quais US$ 18,1 bilhões terão de ser captados no mercado financeiro. O executivo afirmou que não vê grandes problemas em cumprir a meta, uma vez que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já se comprometeu com US$ 11,9 bilhões e instituições financeiras internacionais, com outros US$ 5 bilhões.

US$ 45 por barril

O plano trabalha com o preço de petróleo de US$ 45 por barril no longo prazo, valor que, segundo Gabrielli, garante a "financiabilidade" de todos os projetos incluídos. "É um plano robusto, que nos coloca entre as maiores companhias de energia do mundo", afirmou. No período 2009-2013, com esse preço do petróleo, a empresa prevê uma geração de caixa de US$ 120 bilhões. A diferença teria de ser captada no mercado.

"Não consideramos, porém, a diferença como meta de captação, porque o custo vai cair. Queremos fazer as mesmas coisas com menos dólares", disse Gabrielli. A companhia trabalha com uma meta de alavancagem de 25% neste plano, superior aos cerca de 15% vigentes atualmente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]