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A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria da Graça Foster, afirmou, nesta quinta-feira, que haverá repasse imediato do reajuste de gás natural da Bolívia para as distribuidoras brasileiras. Segundo Graça, incluindo o transporte, esta alta deverá ficar em torno de 9%. O gás boliviano, que supre o Brasil com até 30 milhões de metros cúbicos por dia, é responsável por metade do abastecimento do país. Ele está destinado a São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e parte de Minas Gerais.

- O reajuste será imediatamente passado para as distribuidoras, em cheio. Trata-se de um contrato. Não é um ação específica ou algo que estejamos fazendo diferente - afirmou.

Pelo contrato firmado com a Bolívia, o gás natural é reajustado de três em três meses, de acordo com uma cesta de produtos.

Graça, que assumiu a diretoria na semana passada, preferiu não estimar qual será o impacto para o consumidor final, mas destacou que a desvalorização do dólar poderá fazer com que o percentual seja menor e dilua o repasse para o consumidor.

No início de setembro, a Petrobras comunicou às distribuidoras um reajuste em torno de 7% do gás natural brasileiro, a ser aplicado a partir de 1º de outubro.

Contratos inteligentes para as térmicas

Maria das Graças negou que promoverá alterações na política atual de preços da Petrobras, dizendo que chega apenas para dar continuidade aos trabalhos dos diretores anteriores e ao cronograma de projetos da empresa. Ela, no entanto, afirmou que irá avaliar formas de o gás natural que será reservado às usinas térmicas, para o caso de dificuldades no abastecimento de energia do país, ter algum uso que remunere o investidor enquanto ele não for despachado.

- Por enquanto, só consegui conversar com 70% das pessoas da área de Gás e Energia. Mas é inimaginável que possamos deixar parados 48 milhões de metros cúbicos diários de gás natural - afirmou. - Vamos primar pela elaboração de contratos que garantam o despacho para as térmicas mas que dêem ao investidor e ao produtor alguma forma de remuneração.

Investimentos de US$ 18,2 bilhões

A área de Gás e Energia da Petrobras irá receber investimentos de US$ 18,2 bilhões entre 2008 e 2012, incluindo atividades de exploração e produção, abastecimento e da área internacional. Em 2006, a oferta de gás às termelétricas era de 6,1 milhão de metros cúbicos por dia. A meta da Petrobras é que este total chegue a 48 milhões em 2012.

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