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As cotações do petróleo em Nova York passaram por forte oscilação no pregão desta quarta-feira, mas firmaram tendência de alta, alcançando US$ 89 pela primeira vez, depois da notícia de que o Parlamento turco autorizou o governo a atacar separatistas curdos no norte do Iraque.

Antes da notícia sobre a Turquia, as cotações de petróleo registravam queda, devido ao aumento dos estoques do produto nos Estados Unidos.

Há pouco, em Nova York, o petróleo leve (Light Sweet Crude), com vencimento em novembro, estava cotado a US$ 88,22, depois de alcançar rapidamente US$ 89. Em Londres, o barril do tipo Brent para dezembro estava a US$ 84,18, com acréscimo de US$ 0,63.

Analistas apontam especulação

Embora analistas apontem certa especulação nas cotações da commodity, o fato é que há pretextos para a elevação dos preços. O principal é a preocupação de que conflitos no Iraque possam prejudicar o abastecimento quando os estoques americanos de petróleo e derivados estão baixos e a demanda deve aumentar por causa da chegada do inverno.

Segundo o governo, as reservas de petróleo cru dos Estados Unidos subiram em 1,8 milhão de barris, as de gasolina cresceram em 2,8 milhões de barris, e as de destilados aumentaram em 1 milhão de barris. Amparados pelos dados, os preços recuaram e voltaram ao patamar de US$ 87 na bolsa nova-iorquina.

No entanto, a situação se inverteu com a notícia da aprovação, pelo Parlamento da Turquia da moção que autoriza o governo a organizar ataques militares às bases do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) na região curda no norte do Iraque. Embora isso não signifique que o ataque realmente será deflagrado, a autorização agrava as preocupações de conflitos na região

Petrobras diz que não vai aumentar combustível

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse na terça-feira à tarde, durante reunião no BNDES, que a fase de preços baixos do petróleo terminou. Na terça, o preço do barril alcançou o nível recorde de US$ 86, hoje, já bateu a barreira dos US$ 88.

Apesar disso, Gabrielli afirmou que a alta no mercado externo não justifica reajustes internos . A estatal não aumenta os preços da gasolina desde 2005. Segundo o presidente da Petrobras, a alta da moeda brasileira frente ao dólar permite que o país se proteja dos preços altos do barril.

- O valor do real ajuda a compensar a diferença de preços.

Mas segundo Gabrielli, a era das cotações reduzidas "que deram origem à vida atual, à globalização e ao crescimento das indústrias" acabou.

- Esta fase está terminando. Vamos conviver com preços elevados e temos que encontrar alternativas (de combustíveis) mais viáveis - afirmou o presidente da estatal, durante evento sobre biocombustíveis na sede do banco de fomento.

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