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A economia chinesa cresceu vigorosamente em 11,9% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O anúncio foi feito pelo governo da China nesta quinta-feira, um resultado que embora possa parecer excessivo, dado o fraco desempenho no primeiro trimestre de 2009 (6,1%), indica que a forte recuperação da terceira maior economia do mundo continua em curso. Os especialistas previam um crescimento de 11,5% no Produto Interno Bruto (PIB) chinês neste primeiro trimestre. Cabe lembrar que os dados desse trimestre foram comprados com os 6,1% do primeiro trimestre do ano passado, o trimestre de menor expansão dos últimos 20 anos.

A expansão da China tem se dado em virtude de seus programas massivos de estímulo à economia, os quais elevaram as despesas do governo e conduziram a uma onda de empréstimos sem precedentes pelos bancos estatais. A China assinalou crescimento de 8,7% em 2009, tornando-se uma das poucas nações que tiveram bom desempenho em um período de recessão mundial. Mas a repercussão tem sido bastante rápida, o suficiente para elevar as preocupações de que a economia possa estar muito aquecida, e os últimos cálculos reforçam as medidas adicionais de Pequim na tentativa de refrear o crescimento.

Já o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) cresceu 2,4% em março, queda em relação a fevereiro, cujo crescimento foi de 2,7%, parcialmente devido à inflação dos preços dos alimentos durante o feriado do Ano Novo Lunar, ocorrido em fevereiro. O índice de preços ao consumidor em março ficou aquém das projeções dos especialistas, que a haviam estimado com crescimento de 2,6%. Os especialistas creditam este índice mais baixo em virtude de o Banco Popular da China atrasar a elevação das taxas de juros, apesar do forte crescimento econômico apresentado.

Segundo o Conselho de Estado chinês, o governo está preocupado com os riscos da inflação e há expectativas de que ela suba, com a elevação rápida e excessiva dos preços em algumas cidades chinesas. Para evitar que isso ocorra, o governo chinês tem reduzido os valores para novos empréstimos no sistema bancário. Apesar disso, os bancos fizeram empréstimos significativos em fevereiro e março. Os investimentos cresceram no primeiro trimestre deste ano em 26,4%, em relação ao mesmo período de 2009, abaixo da previsão dos economistas que apostavam em elevação de 26,3%.

Os economistas acreditam que o Banco Central em breve começará a elevar as taxas de juros pela primeira vez em dois anos para combater as pressões inflacionárias. A possibilidade de bolhas nos preços nos imóveis e em outros recursos não está descartada, em parte pelo mercado e fluxo de investimentos, como também incitar a China a permitir que o Yuan cresça ante o dólar.

O índice de preço ao produtor (PPI, na sigla em inglês) cresceu 5,9% em março, devido à elevação dos preços das commodities e das matérias-primas, as quais poderão pressionar a inflação ao consumidor se estes custos forem repassados ao produto final. O aumento foi além da alta de fevereiro, que foi de 5,4%. Os economistas apostavam em elevação de 6,6%.

A produção industrial, por sua vez, cresceu 18,1% em março na comparação com o mesmo mês de 2009. A elevação foi um pouco menor do que a expectativa de crescimento de 18,3% dos analistas ouvido pela Dow Jones, mas bem superior aos 12,8% aferidos em fevereiro. Naquele mês, o índice foi afetado pelo fechamento de fábricas durante o feriado no Ano-Novo Lunar.

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