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O Produto Interno Bruto (soma de todas as riquezas produzidas no país) cresceu 0,5% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, o pior desempenho desde o período de julho a setembro de 2005. A taxa, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, mostra uma forte desaceleração da economia, já que no primeiro trimestre houve crescimento de 1,3% em igual comparação.

O resultado veio ainda abaixo das expectativas do mercado, que esperava um crescimento em torno de 0,7%. O crescimento do PIB no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado foi de 1,2%.

Um conjunto de fatores afetou o desempenho da economia no segundo trimestre do ano, de acordo com o IBGE. Segundo Rebeca Palis, gerente das Contas Nacionais Trimestrais, a greve da Receita Federal, o real valorizado por muito tempo, paralisações por conta dos jogos da Copa do Mundo, paradas técnicas erm plataformas da Petrobras explicam esse desempenho menor no segundo trimestre:

- A greve da Receita Federal prejudizou o comércio exterior. Tanto nas exportações quanto nas importações de insumos necessários à indústria. Aliado a isso, o câmbio valorizado por muito tempo também afetou as exportações que, pela primeira vez, desde terceiro trimestre de 2003, apresentaram queda. Sem contar com menos dias úteis no trimestre - disse Rebeca.O ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou os mesmos fatores para justificar o resultado do PIB, mas disse ainda acreditar que a meta do governo, de crescimento de 4% do PIB neste ano, será atingida

De acordo com pesquisa semanal do Banco Central, o mercado espera crescimento de 3,5% para o ano, contra 3,53% estimados anteriormente.

O PIB acumulado nos últimos 12 meses terminados no segundo trimestre de 2006 cresceu 1,7% em relação aos quatro trimestres anteriores. No 1º semestre de 2006, houve crescimento de 2,2%, em relação a igual período de 2005.

O IBGE também revisou para baixo os dados do primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o último trimestre de 2005, a taxa de crescimento nos três primeiros meses do ano foi reduzida de 1,4%, informado anteriormente, para 1,3%.

O instituto reduziu também os números do primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado de 3,4%, informado anteriormente, para 3,3%.

Retração da indústria

O PIB da indústria brasileira caiu 0,3% no segundo trimestre em relação ao desempenho apurado no início do ano. A agropecuária teve expansão de 0,8%, enquanto o setor de serviços cresceu 0,6%.

A formação bruta de capital fixo, um indicador do volume de investimentos no país, recuou 2,2%.

As exportações de bens e serviços caíram após 12 trimestres consecutivos de crescimento e tiveram a pior performance desde o primeiro trimestre de 2003, quando registraram queda de -8,2%. De abril a junho, a queda foi de 5,1% na comparação com o volume registrado de janeiro a março.

As importações de bens e serviços ficaram estáveis (-0,1%), após um crescimento de 10,4% no primeiro trimestre em comparação com o quarto trimestre de 2005.

Considerando a demanda interna, o consumo das famílias, que registrou crescimento de 1,2%, seguido pelo Consumo do Governo (0,8%).

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