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A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) informou nesta quinta-feira (16) que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil, que cresceu 13,6% entre janeiro e setembro deste ano, deve avançar 11% no acumulado de 2010, o que representará, se confirmado, o melhor resultado em 24 anos.

Para 2011, a estimativa da entidade é de que o PIB do setor cresça 6%. "Estamos voltando para uma certa normalidade. Temos gargalos claros. O maior deles é a falta de mão de obra. A velocidade de oferta de mão de obra está menor do que a demanda", disse Paulo Safady Simão, presidente da CBIC. Neste ano, até setembro, o setor contratou 340 mil trabalhadores.

De acordo com números da CBIC, a indústria de materiais de construção, que conta com redução de Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns produtos, opera com 87% de sua capacidade instalada (parque fabril). Segundo a entidade, esses números mostram que o setor está em seu melhor momento em décadas.

Sobre os cortes no orçamento de 2011, que estão sendo debatidos no Congresso Nacional neste momento, Safady Simão disse que não acredita em bloqueio de recursos para as obras do Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional do governo que conta com subsídios para a população de renda mais baixa.

"A nossa expectativa é de que não nenhum corte no Minha Casa, Minha Vida. Com relação ao Programa de Aceleração do Crescimento [que contempla obras de infraestrutura no país], poderá haver priorização de obras. Novos projetos podem ser adiados", disse o presidente da CBIC.

Ele defendeu, ainda, o início de um novo programa para organizar as obras de saneamento no país. "É uma grande vergonha os números que o Brasil exibe no saneamento básico. Quase nunca houve tanto recurso disponível, mas tão mal utilizado. Vamos apresentar ao governo um projeto para este setor no ano que vem. Queremos universalizar este serviço para toda população até 2022", concluiu Safady.

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