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Participação do Paraná na economia brasileira bateu o recorde de 2003; Veja o comparativo |
Participação do Paraná na economia brasileira bateu o recorde de 2003; Veja o comparativo| Foto:

Crise começa a afetar a economia em 2012

Em 2009, em meio à crise do subprime que havia começado em setembro do ano anterior, a economia do Paraná levou um tombo pior que o sofrido pelo Brasil. O crescimento do estado deve ser novamente comprometido desta vez, pela "nova" crise externa, mas analistas acreditam que o impacto mais forte deve se dar somente a partir de 2012.

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Projeções para o país caem a cada semana

O último boletim Focus do Banco Central, que pesquisa a opinião de analistas de mercado, diminuiu, pela quinta semana consecutiva, as projeções para o avanço da economia em 2011.

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A economia do Paraná vai crescer mais que a do Brasil em 2011. A projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do estado aumente 4,1%, contra uma média nacional de 3,3%, de acordo com cálculos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). Será o segundo ano consecutivo em que a economia do estado tem desempenho superior à nacional. Ainda assim, o ritmo de crescimento cairá à metade em relação ao registrado no ano passado, quando o PIB paranaense aumentou 8,3%.

Pelo menos três fatores ajudam a explicar esse desempenho: a performance da indústria, que está desacelerando mais lentamente que a média brasileira; a alta dos preços das commodities, que favorece o agronegócio; e o consumo ainda em alta, que sustenta o crescimento do comércio.

"Na indústria, os setores de automóveis e de caminhões, petroquímico e de edição e impressão têm se destacado", diz Julio Suzuki, diretor de pesquisa do Ipardes. Apesar de uma queda de 13,5% na produção em setembro na comparação com agosto, no acumulado de nove meses a produção industrial no Paraná cresceu 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado, contra 1,1% no Brasil, de acordo com o IBGE.

"O Paraná tem um resultado melhor porque tem sua base industrial concentrada em setores com bom desempenho, como automotivo, alimentar e de combustíveis", diz Roberto Zurcher, economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

A tendência é de que neste ano a economia paranaense ajude a puxar para cima o PIB brasileiro em 2011, ao contrário de outros estados, que estão sofrendo mais na produção industrial, diz o economista Luciano D’Agostini, sócio da consultoria Inva Capital.

Commodities

Na área agrícola – que tem forte peso na economia do estado –, a alta dos preços tem ajudado a compensar a quebra da safra, segundo Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abas­tecimento (Seab).

A safra paranaense – prejudicada pela estiagem e geadas severas, principalmente nas lavouras de inverno e no milho da segunda safra – deve ficar em 31,71 milhões de toneladas, abaixo do recorde de 32,82 milhões de toneladas do ano passado. Mas, em compensação, os preços estão mais altos nesta temporada.

O preço médio do milho pago ao produtor do estado de janeiro a outubro ficou em R$ 22,70 por saca, 47% superior à cotação média do ano passado. No caso da soja, o valor pago por saca (R$ 42,38) superou em 18% o do ano passado. A arroba do boi gordo (R$ 95,31), por sua vez, está 17,5% mais cara que a média do ano passado.

O consumo também segue for­­­te, embalado pela renda e pelo emprego, lembra José Guilherme Silva Vieira, professor do departamento de Econo­­­mia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "É preciso lembrar que Curitiba vive uma situação de pleno emprego, o que ajuda a sustentar as vendas de imóveis e automóveis, por exemplo".

Com isso, o comércio paranaense cresce a taxas superiores à media nacional. Segundo o IBGE, as vendas do varejo ampliado (que incluem material de construção, veículos e peças) registraram alta de 9,9% de janeiro a setembro, contra um avanço de 8% na média nacional.

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