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Planos de saúde acionam Justiça para suspender consulta pública da ANS sobre reajustes

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Ao entrar com um mandado de segurança contra a consulta da ANS, a Abramge alegou supostos vícios de procedimentos (Foto: Divulgação/ANS)

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A Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge) acionou a Justiça do Distrito Federal para que seja suspensa em caráter liminar a consulta pública da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre alterações nas regras da política de preços e reajustes de convênios.

Ao entrar com um mandado de segurança contra a consulta da ANS, a Abramge alegou supostos vícios de procedimentos.

A associação disse que o tempo para apresentação de sugestões não foi suficiente dada a complexidade do tema.

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No documento enviado à Justiça, a associação destacou que parte do período determinado pela ANS coincidiu com feriados e com os recessos parlamentar e judiciário.

Em dezembro de 2024, a ANS deu 45 dias para que operadoras, consumidores e instituições da sociedade civil enviassem sugestões para o debate nas audiências públicas.

O prazo para o envio das sugestões terminaria na última segunda-feira (3), mas foi prorrogado por mais uma semana.

A extensão do prazo se deu após uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para que o processo fosse prorrogado por mais 60 dias.

A Abramge também disse que a ANS não apresentou estudos dos impactos das mudanças discutidas. Para a associação, a ANS não permitiu a ampla participação e comprometeu a legitimidade de consulta com informações insuficientes.

“O prazo de 45 dias conferido pela ANS – que é o mínimo exigido em lei - é incontestavelmente insuficiente para viabilizar, de forma efetiva, a participação social em um procedimento que, reitere-se, abrange quatro temas regulatórios extremamente complexos e sensíveis que justificariam, individualmente, cada qual uma consulta pública específica”, diz um trecho do pedido enviado pela Abramge à Justiça.

A consulta pública da ANS trata sobre 4 eixos temáticos: 

  • reajustes e rescisão contratual em planos coletivos; 
  • mecanismos de regulação financeira; 
  • venda de planos de saúdes online e; 
  • revisão técnica das tarifas.

As mudanças pleiteadas pela ANS podem beneficiar empresas que operam planos coletivos e individuais e se encontram em dificuldade financeira.   

O que diz a ANS

Em nota, nesta quarta-feira (5), a ANS negou que tenha desrespeitado as recomendações do MPF e afirmou “que os temas que estão sendo tratados na referida proposta são iniciativas que protegem os consumidores à medida que visam promover maior segurança e previsibilidade aos beneficiários”.

“São assuntos que vêm sendo discutidos há muitos anos - alguns desde 2015. É preciso considerar, ainda, que estão sendo proporcionadas diversas formas de participação social desde outubro de 2024, como a realização de audiências públicas e de consulta pública”, diz outro trecho da nota.

Segundo a Agência, após a análise das sugestões recebidas, será elaborado um relatório e novas rodas de discussão sobre o assunto poderão ser realizadas.

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