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R$ 100 mil é quanto a Telexfree pode receber de multa a cada nova adesão irregular que fizer. Desde junho, uma determinação da Justiça de Rio Branco, no Acre, proíbe a empresa de aceitar novos colaboradores.

A Polícia Federal vai investigar a empresa Ympactus Comercial LTDA, nome fantasia da TelexFree. A determinação para a abertura de um inquérito contra a companhia foi dada ontem pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Segundo o governo, há indícios de formação de pirâmide financeira, evasão de divisas e crime contra a economia popular.

A Telexfree vem sendo investigada desde o início do ano pelo Departamento de Defesa do Consumidor (DPDC), vinculado ao Ministério da Justiça, que recebeu denúncias de diversos Procons do país e do Ministério Público do Acre.

No mês passado, o órgão instaurou um processo administrativo contra companhia, que pode ser multada em até R$ 6 milhões caso a fraude seja comprovada. Com a entrada da Polícia Federal no caso, haverá agora também uma investigação criminal.

Histórico

A Telexfree tem sede no Espírito Santo, mas atua pela internet. A companhia apresenta-se em seu site como fornecedora de serviços de voz e faz propaganda de enriquecimento fácil a quem se torna "divulgador" de seus serviços.

O trabalho oferecido pela companhia consiste em espalhar anúncios pela internet. Para participar, contudo, o colaborador tem de pagar uma taxa de adesão e comprar um "kit" que o habilita à função. A empresa oferece ainda o pagamento de comissão a quem trouxer mais membros.

A Telexfree está proibida, no entanto, de aceitar novos colaboradores desde junho por determinação da Justiça de Rio Branco, sob pena de multa de R$ 100 mil a cada nova adesão. O caso chegou à Justiça após ação do Ministério Público do Acre. Uma mensagem no site alerta o internauta sobre a decisão.

A apuração inicial feita pelo Ministério da Justiça, que encontrou indícios de pirâmide financeira, evasão de divisas e crime contra a economia popular, contou com o auxílio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Banco Central, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.

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