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Poliduto entre Paranaguá e Assunção vai custar US$ 1 bi

Investimento virá da iniciativa privada e construção levaria dois anos; objetivo é transportar etanol, gasolina, diesel e óleo de soja

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O Paraguai estuda construir um poliduto para o transporte de combustíveis e óleo de soja entre o Porto de Paranaguá e sua capital, Assunção. Na terça-feira, uma comitiva paraguaia que contou com a participação de dois ministros se reuniu com representantes do governo do Paraná e visitou as instalações do Porto de Paranaguá para discutir o projeto, que pode custar até US$ 3 bilhões.

"Com o poliduto, o Paraguai traria etanol para o Porto de Paranaguá (entre 1 milhão e 2 milhões de toneladas/ano) e levaria daqui combustíveis como gasolina e diesel (cerca de 4 milhões de toneladas/ano). As conversas são muito iniciais, não temos datas definidas, este é o nosso segundo encontro. Vamos ver as possibilidades de casar os interesses. Queremos aproximar também os empresários paranaenses", afirma José Richa Filho, secretário de Estado de Infraestrutura e Logística do Paraná. Em novembro do ano passado, o governo estadual esteve no Paraguai para uma conversa inicial.

Foram apresentadas duas opções para a definição do traçado do poliduto (confira quadro nesta página). "Estamos estudando qual é o melhor trajeto; em princípio, a extensão do poliduto é de 730 km no território do Paraná e 330 km no território paraguaio, de maneira a atingir a zona de melhor área de desenvolvimento de álcool no estado do Paraná. Iremos fazer paralelamente à rodovia [BR-277] e já temos a licença ambiental para a obra", afirma Elisio Curvo, diretor da empresa paraguaia Poliductos Integrados.

De acordo com o ministro-chefe do Gabinete Civil do Paraguai, Miguel Angel Lopez Perito, o custo da obra inclui adequações. "Inicialmente calcula-se US$ 1 bilhão só para a construção, e cerca de US$ 3 bilhões se for incluída no orçamento a instalação de um terminal de líquidos no Porto de Paranaguá e a possibilidade de se desenvolver uma ferrovia para unir o estado ao Paraguai", afirma. O investimento virá da iniciativa privada. "Os governos do Paraguai e do Brasil somente dariam a possibilidade do trânsito do poliduto pelos territórios correspondentes", afirma Lopez. Ele acredita que o empreendimento levará dois anos para ser concluído. Um representante da construtora Camargo Corrêa participou da reunião de terça-feira, mas a empresa se limitou a informar que foi convidada pelo governo paraguaio para analisar o projeto.

"O governo do Paraná colocou-se à disposição para atender no que for possível as demandas paraguaias. O poliduto traz uma solução excelente a baixo custo. É a solução logística ideal para o Paraguai e também é a nossa melhor solução. Isso demonstra integração e alinhamento de objetivos", diz Airton Vidal Maron, superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina. Para atender às demandas do governo paraguaio, a Appa irá oferecer uma área de 32 mil metros quadrados para a operação geral e de contêineres.

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