• Carregando...
Uma das sedes da Fiep, no bairro Jardim Botânico, em Curitiba: quatro anos depois, governo estadual volta a apoiar a oposição | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
Uma das sedes da Fiep, no bairro Jardim Botânico, em Curitiba: quatro anos depois, governo estadual volta a apoiar a oposição| Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo

Os presidentes

Confira a lista de empresários que já comandaram a Fiep:

Heitor Stockler de França (1945-1958)

Lydio Paulo Bettega (1958-1968)

Mário De Mari (1968-1974)

Altavir Zaniolo (1974-1986)

Jorge Aloysio Weber (1986-1995)

Ari Paiva de Siqueira (interino, de 10/2/1993 a 21/11/1993)

José Carlos Gomes Carvalho (1995-2003)

Arthur Claudino dos Santos (interino, de 3/6/2002 a 6/10/2002)

Rodrigo Costa da Rocha Loures (2003-2011)

Situação

Edson Campagnolo, candidato da chapa Fiep Independente

Sempre fui presidente das entidades menores, com grande envolvimento e destaque no trabalho que desenvolvi. O Rodrigo [Rocha Loures, atual presidente] procurou entre os diretores um nome de consenso para ser o representante da sua gestão. O convite aconteceu e eu aceitei. Além disso, há tempos o interior queria um candidato das suas bases.

Leia a entrevista completa

Oposição

Ricardo Barros, candidato da chapa Nova Fiep

Eu sou vice-presidente e há quatro anos estou aprendendo a importância da entidade. Fiquei motivado a ajudar e gerir a Fiep, especialmente porque percebi que as grandes mobilizações do setor são políticas. Como eu tenho conhecimento do legislativo e administrativo, a minha experiência adquirida permite contribuir muito.

Leia a entrevista completa

  • Confira o orçamento de 2011 da Fiep

Não há cargo público em jogo, mas uma disputa eleitoral recém-iniciada já causa uma intensa movimentação de bastidores na política e na economia paranaense. Em 3 de agosto, será escolhido o próximo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), entidade que administra um orçamento anual de aproximadamente R$ 450 milhões – valor que supera a arrecadação de 393 dos 399 municípios paranaenses, entre eles Cascavel, Ponta Grossa, Paranaguá e Guarapuava.

Duas chapas apresentaram na sexta-feira os 54 nomes e os documentos necessários para participar do pleito. A "Fiep Indepen­­dente", encabeçada pelo empresário Edson Campagnolo, tem o apoio do atual presidente, Rodrigo Rocha Loures. A "Nova Fiep", de oposição, será liderada pelo secretário de Estado licenciado de In­dústria e Comércio, Ricardo Barros.

Este é apenas o terceiro "bate-chapa" da história de quase sete décadas da Fiep; mas é também o segundo consecutivo, o que indica uma importante mudança de ânimos em uma entidade acostumada a eleger seus presidentes por aclamação. Na última eleição, em 2007, Rodrigo da Rocha Loures reelegeu-se ao derrotar o ponta-grossense Álvaro Luiz Scheffer. No bate-chapa anterior, em 1983, Altanir Zaniollo foi reeleito ao derrotar Martinho Faust.

A julgar pelo que ocorreu nas semanas que antecederam o fim do prazo de inscrição, na sexta-feira passada, a corrida eleitoral promete ser acirrada. Houve troca de acusações de uso político da entidade de ambos os lados, desistência de candidato, corrida na montagem das chapas e, no apagar das luzes, pedido de impugnação da candidatura de Campagnolo.

Representante da indústria do vestuário e vice-presidente da Fiep, Campagnolo é o candidato de Rocha Loures desde o fim de 2010. E, na semana passada, ga­­nhou o reforço de Carlos Walter, do Sindimetal de Maringá, que retirou a candidatura.

Ricardo Barros, por sua vez, só confirmou sua candidatura há duas semanas. Em público, Barros vinha defendendo a formação de uma chapa única para não desgastar a entidade; no entanto, rumores sobre sobre sua ambição de comandar a Fiep circulam desde que ele perdeu a disputa pelo Senado, no ano passado.

O principal cabo eleitoral de Barros será o governador Beto Richa, que o apoiou na corrida ao Senado e o nomeou secretário de Indústria e Comércio.

Representatividade

Criada em agosto de 1944, a Fiep defende os interesses de 40 mil empresas, responsáveis por quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, e tem 3,3 mil funcionários espalhados pelo estado. "O fato de a indústria estar presente nas mais diversas atividades faz com que as políticas públicas a influenciem de forma direta", diz Rodrigo Rocha Lou­res, que, após oito anos, deixa o cargo em 1.º de outubro. "A indústria é fundamental para a economia do Paraná, que só pôde crescer, principalmente nos últimos dois anos, graças ao desempenho do setor."

Campanha antecipada

Eleição já teve disputa na Justiça e pedido de impugnação de candidatura

O edital de eleição da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) foi suspenso por duas vezes pela Justiça. Em dezembro de 2010, quando o primeiro edital foi publicado, a 6ª Vara do Trabalho de Curitiba suspendeu a convocação a pedido do Sindicato da Indústria da Produção de Álcool do Estado do Paraná (Sialpar), que discordava da antecedência da chamada. Na decisão, o juiz considerou que a publicação do edital impedia que o Sialpar participasse do pleito, pois o estatuto da Fiep veda a participação de sindicatos registrados há menos de seis meses.

Em fevereiro, pela segunda vez, a 6ª Vara do Trabalho de Curitiba suspendeu o novo edital com a convocação para o registro das chapas, também a pedido do presidente do Sialpar, Miguel Rubens Tranin. A Fiep recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR) concedeu um mandado de segurança que anulava a liminar da 6ª Vara. Apesar da vitória, a Fiep não chegou a utilizar o benefício.

Um novo edital foi publicado no dia 28 de junho, marcando a eleição para o dia 3 de agosto. Porém, na sexta-feira, último dia de inscrição das chapas, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Noroeste do Paraná protocolou na comissão administrativa da própria Fiep o pedido de impugnação da candidatura de Edson Campagnolo.

No pedido, o sindicato citou a não aprovação das contas do Sesi/Senai por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) quando Campagnolo era coordenador do Sesi, e também alegou campanha eleitoral antecipada e abuso de poder político e econômico pelo atual presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures. O prazo para análise do pedido de impugnação termina às 18 horas da próxima terça-feira.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]