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Interligado a um pátio da ALL, terminal pode receber 28 mil contêineres por ano | Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Interligado a um pátio da ALL, terminal pode receber 28 mil contêineres por ano| Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo

Ponta Grossa, nos Campos Gerais, entrou no plano de investimentos da Brado Logística e, assim como Araraquara (SP) e Rondonópolis (MT), ganhou neste ano um terminal de contêineres. A operação começou em janeiro, para transportar por ferrovia madeira, grãos e refrigerados da região até o Porto de Paranaguá.

Transportadoras rodoviárias contratadas pela Brado carregam os produtos nas fábricas e armazéns. Os contêineres chegam ao terminal e são colocados nos vagões, que têm como destino o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). Eles voltam vazios e vão novamente para o setor produtivo.

O terminal inaugurado neste ano é o terceiro da empresa no Paraná. Cambé, no Norte, e Cascavel, no Oeste, já escoam produtos e mercadorias para o litoral. Interligado ao pátio da América Latina Logística (ALL) no bairro Cará-Cará, o terminal de Ponta Grossa tem 15 mil metros quadrados de pátio e capacidade para receber 28 mil contêineres por ano.

O investimento nos Campos Gerais consolida a presença da Brado no interior do Paraná. A empresa foi fundada em 2011 numa fusão entre a Standard Logística e a ALL. Recentemente, se associou ao Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) e recebeu um aporte de R$ 400 milhões. A ALL se mantém como sócia majoritária, com 62,22% dos ativos.

Segundo o diretor financeiro da Brado, Alan Fuchs, a abertura do terminal intermodal em Ponta Grossa atende a um segmento até então pouco explorado. "Ponta Grossa tem uma característica tanto de passagem quanto de origem dos produtos, e por isso tem um fluxo muito grande de refrigerados, madeira e grãos", afirma. O terminal em Ponta Grossa faz parte do Corredor Paraná, que liga o interior do estado aos portos de Paranaguá e São Francisco. Além do Corredor Paraná, a Brado também atua em outras cinco regiões do território nacional e do Mercosul.

A empresa aponta como vantagens do transporte ferroviário a eliminação dos gargalos rodoviários no trajeto aos portos e a redução de custos, que gira em torno de 30%. Apesar disso, o transporte ainda fica restrito a uma participação de apenas 3% do mercado. A meta da Brado é alcançar 12% nos próximos anos.

Rodovias

Com exceção do terminal da Brado, que atua no modal ferroviário, Ponta Grossa tem empresas já tradicionais no setor logístico que servem aos portos do Paraná e de São Paulo por rodovias. Com mais de 50 anos, a Buturi tem 25 caminhões graneleiros, contratados pela cooperativa Coamo, que fazem o trajeto do interior ao Porto de Paranaguá. A Transprimo, que atua há 40 anos em Ponta Grossa, também atende a Coamo e outros produtores agrícolas. São 380 cargas por ano que têm como destino os portos do Paraná.

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