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Traseira do modelo alemão Tiguan: especuladores aproveitaram anúncio da Porsche e fizeram ação da Volks disparar em Frankfurt. |
Traseira do modelo alemão Tiguan: especuladores aproveitaram anúncio da Porsche e fizeram ação da Volks disparar em Frankfurt.| Foto:

A Volkswagen foi ontem, durante parte do dia, a maior empresa do mundo em valor de mercado, superando a petroleira americana ExxonMobil. Em mais um dia turbulento nos mercados, as ações da gigante automotiva alemã dispararam 93,27% depois que a Porsche anunciou a intenção de ficar com 75% dos papéis da empresa. No início do pregão da Bolsa de Frankfurt, quando a alta teve seu ápice e o papel chegou a custar 1.005 euros, a montadora alcançou um valor de mercado de US$ 370 bilhões, mais que os US$ 343 bilhões da Exxon.

A permanência na primeira colocação durou pouco, mas ainda assim os papéis da empresa alemã fecharam com valorização de 81,7%. Com o empurrão da Volkswagen, a Bolsa de Frankfurt deu um enorme salto, fechando com alta de 11,28%. No geral, os mercados europeus fecharam com tendência variada. Também houve altas em Londres (1,92%) e Paris (1,55%), mas Madri (-1,30%) e Milão (-1,46%) fecharam em queda.

Investimentos mantidos

O presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, garantiu ontem que o plano de investimentos da montadora para o país, de R$ 3,2 bilhões para o período de 2007 a 2012, está mantido, apesar das incertezas geradas pela crise financeira internacional. "Precisamos manter a cabeça fria, porque ninguém sabe ainda o que vai acontecer com o mercado brasileiro", afirmou. O executivo ressaltou ainda que a montadora precisa estar bem armada para reagir ao novo cenário.

Schmall informou que se reunirá com a cúpula da montadora no fim do mês que vem, na Alemanha, para discutir o impacto da crise nos mercados que a empresa atua e definir até estratégias para o próximo ano. A aprovação de novos investimentos para o Brasil também será tema da reunião.

A previsão do presidente da Volkswagen é de que o mercado brasileiro encerre o ano com aumento entre 16% e 18% nas vendas. A projeção é menor que o oficialmente previsto pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de alta de quase 25%. "Essa expectativa já está ajustada à nova realidade", explica.

O executivo confirmou que a indústria automotiva negocia com o governo para ampliar a disponibilidade de crédito para a venda de veículos no mercado nacional, mas preferiu não entrar em detalhes sobre que tipo de ação pode ser tomada.

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