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| Foto: Irene Roiko/Gazeta do Povo
  • Nissan Leaf, 2 unidades-teste devem rodar pelo Rio em breve

Enquanto a Europa definha em uma crise econômica que fez o mercado de automóveis cair 10% nos últimos dois anos e que não deve ser recuperar fortemente antes de 2016, o Brasil, juntamente com outros emergentes, deve contribuir para sustentar as vendas mundiais do setor automotivo. A avaliação é do presidente mundial da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, que prevê um crescimento de 3% do mercado mundial de automóveis.

"O potencial do Brasil está dado e é inquestionável. A questão saber é porque a economia brasileira está crescendo tão pouco. No ano passado, com 0,9%, e neste ano com cerca de 2,5%", disse ontem em entrevista coletiva pouco depois de ministrar uma palestra para 150 empresários no Cietep em Curitiba. De acordo com ele, as vendas no mercado brasileiro, que somaram 3,6 milhões em 2012, devem crescer para 4,2 milhões até 2017.

Em breve visita ao Brasil, Ghosn visitou a fábrica de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, teve uma rápida reunião com o governador Beto Richa, ontem pela manhã, e hoje assina protocolo de intenções, no Rio de Janeiro, para a produção do carro elétrico no país. (leia mais nesta página).

Para ele, a elevada carga tributária é um dos fatores de inibição do crescimento e perda de competitividade da indústria nacional. "No Brasil, a carga tributária leva 30% do valor do carro, contra 16% na França e de 6% nos Estados Unidos", diz.

Ghosn disse que estuda novos projetos para a Renault no Paraná , mas evitou falar sobre novos investimentos. "É preciso levar em conta o prazo de seis a sete anos para renovar a linha de produtos", disse. A empresa acaba de concluir um aporte de R$ 1,5 bilhão para ampliar em 100 mil unidades a capacidade de produção em São José dos Pinhais.

Apesar de otimista em relação ao Brasil, Ghosn é conservador quanto ao desempenho das vendas do setor em 2013. Enquanto a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta um aumento de vendas de 3,5% a 4% para 2013, a Renault não vê crescimento para o ano, com um segundo semestre mais difícil para o setor. "Ficarei muito feliz se estivermos errados, mas achamos que o mercado ficará estável".

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