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O governo de Portugal iniciou conversações com as delegações do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) para determinar a ajuda financeira que o país precisa num momento no qual os principais partidos políticos se preparam para disputar as eleições.

O Ministério das Finanças confirmou que delegações da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI iniciaram reuniões técnicas para avaliar a situação econômica e financeira de Portugal, mas uma porta-voz do ministério recusou-se a comentar os detalhes das reuniões. "São reuniões técnicas, que não estão abertas" para o público, disse ela.

As reuniões fazem parte dos trabalhos preparatórios da UE e do FMI para impulsionar as negociações, que devem começar no início da próxima semana, sobre os termos de um pacote de socorro de três anos no valor de 80 bilhões de euros.

As negociações com as autoridades europeias e do FMI sobre os termos do pacote de ajuda deverão se estender até meados de maio. Portugal tem pressa para obter 10 bilhões de euros até junho, que serão utilizados em parte para pagar 4,9 bilhões de euros em dívida.

Estima-se que as negociações serão complicadas, tendo em vista que Portugal está sendo governado por um governo provisório com poderes limitados, formado após a decisão do primeiro-ministro José Sócrates de demitir-se no mês passado. Sócrates, que é agora o líder do governo provisório, apresentou sua renúncia depois do Partido Social Democrata, o principal partido de oposição do país, rejeitar o mais recente plano de austeridade apresentado por seu governo, o quarto em dois anos.

A decisão do primeiro-ministro desencadeou uma crise política em Portugal, que resultou em novas eleições marcadas para 5 de junho, um aumento nos custos de empréstimos devido ao rebaixamento do rating soberano do país e um pedido formal na semana passada por uma ajuda financeira da UE para cobrir as necessidades de financiamento do governo.

O FMI prevê que Portugal será o único país entre os 17 membros da zona do euro em recessão em 2012. Segundo o fundo, a economia de Portugal deverá encolher 1,5% em 2011 e 0,5% em 2012. A inflação continua a subir no país, tal como evidenciado na alta dos preços de 1,6%, em bases mensais, e 4%, em termos anualizados, observada em março. As informações são Dow Jones.

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