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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2004), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE, revela que entre 2003 e 2004 o número de domicílios em que havia somente telefone celular aumentou 51,4%, a maior taxa de crescimento em relação à posse de bens investigados pela pesquisa. O crescimento das moradias que tinham telefone fixo e móvel foi 18,7%, e das residências que dispunham de microcomputador, de 11,2%. Também foi acentuada a elevação no total de domicílios com computador ligado à internet (11,0%).

O aumento no número de domicílios atendidos unicamente por linha de celular foi muito superior às já fortes expansões observadas de 2001 para 2002 (15,6%) e de 2002 para 2003 (31,6%) e puxou o crescimento de 9,2% no total de residências com telefone (fixo ou móvel), uma vez que, de 2003 para 2004, o percentual de moradias com linha fixa (independentemente da existência também de celular) teve ligeira queda, de 50,8% para 49,6%, mantendo a linha descendente verificada de 2002 para 2003.

Segundo o IBGE, "isso pode indicar o uso do celular, importante para comunicação fora da moradia, como forma de suprir a falta da linha fixa ou como alternativa mais flexível de comunicação".

Em 16,5% das residências, havia somente linha celular em 2004 (em 2001, quando começou a investigação em separado das linhas móveis e fixas, eram 7,8%). A expansão dos celulares também foi expressiva nos domicílios em que existia telefone fixo. Os dois tipos de linha eram encontrados em 23,2% das residências em 2001 e em 31,8% em 2004.

O aumento da oferta dos serviços de telefonia fez com que, em cinco anos, a proporção de domicílios com telefone passasse de 37,6% para 66,1%.

Em 2004, a proporção de domicílios com computador alcançou 16,6%, e a daqueles ligados à internet, 12,4%. Em 2001, quando a PNAD passou a pesquisar a existência de microcomputador, 12,6% dos domicílios tinham esse equipamento, e em 8,6% das residências o computador estava conectado à internet.

Em 2004, 87,4% das residências tinham geladeira; 17,1%, freezer; e 34,5%, máquina de lavar roupa. A televisão existia em 90,3% dos domicílios, e o rádio, em 87,8%.

Os maiores percentuais de domicílios com rádio, máquina de lavar roupa e freezer estavam na região Sul (93,6%, 51,1% e 33,9% respectivamente); o Sudeste ficou com as mais elevadas proporções de moradias com geladeira (95,6%), televisão (95,7%) e microcomputador (22%).

Por outro lado, o Norte teve os mais baixos percentuais de residências com rádio (73,0%) e televisão (79,3%); e a região Nordeste, os menores percentuais de domicílios com geladeira (70,7%), freezer (6,7%) e máquina de lavar roupa (10,2%). Em relação à posse de microcomputador, as proporções foram praticamente iguais no Norte (6,9%) e Nordeste (6,8%).

Considerando os resultados de 2004 com a mesma cobertura geográfica abrangida anteriormente pela pesquisa, em 2004, tanto a proporção de domicílios com freezer (17,2%) como a de moradias com rádio (88,1%) ficaram abaixo das correspondentes em 1999 (respectivamente 19,6% e 89,9%).

Embora a redução no número de moradias com freezer tenha sido insignificante (0,5%) de 2003 para 2004, a trajetória descendente é mantida desde 1999, quando 19,6% das habitações dispunham do aparelho. Por outro lado, o número de domicílios com geladeira continuou crescendo: houve expansão de 3,4% de 2003 para 2004, e, em cinco anos, a proporção subiu de 82,8% para 88,1%.

"Vale ressaltar que a taxa de crescimento dos domicílios com geladeira de duas portas (que têm um congelador separado) permaneceu mais alta que a daqueles com geladeira de uma porta: 9,4% frente a 2,2% de 2003 para 2004. No total de moradias com geladeira, a proporção das que tinham o tipo de duas portas passou de 14,3% em 1999 para 17,9% em 2004", mostrou o IBGE.

O percentual de domicílios com rádio também mostrou retração de 1999 a 2003, tendo sido ultrapassado pela proporção de residências com televisão em 2001. A partir daquele ano, a diferença entre os dois percentuais vem aumentando gradualmente. De 2003 para 2004, o número de domicílios com rádio aumentou 2,9%, enquanto o daqueles onde havia televisão cresceu 3,5%.

Também em trajetória ascendente está o total de moradias com máquina de lavar: houve expansão de 3,8% de 2003 para 2004, e o percentual subiu de 32,8% para 34,9% em cinco anos.

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