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A cidade de Curitiba apresentou a maior variação mensal da cesta básica, no mês de outubro, das dezesseis capitais estudadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). A variação foi de 4,13% e a acumulada chega à 5,55% no ano, a segunda maior, atrás somente de Recife que contabilizou um aumento de 6,87% em 2005. Um dos produtos culpados pelo aumento foi a carne bovina, reflexo da constatação da febre aftosa no Mato Grosso do Sul e dos focos não confirmados no Paraná.

O custo do conjunto de gêneros alimentícios de primeira necessidade apresentou alta, em outubro, em 12 das 16 capitais. Desde maio, quando foram apurados aumentos em todas as capitais, não há predomínio de alta no custo da ração essencial mínima, conforme definida no Decreto-lei 399, de abril de 1938.

Depois da capital paranaense, as maiores elevações ocorreram em Brasília (3,80%), Florianópolis (3,36%) e Vitória (3,00%). Os recuos mais expressivos foram apurados em Porto Alegre (-3,03%) e Salvador (-2,97%).

O custo da cesta básica em Curitiba, R$ 164,57, é o quarto maior, perdendo para São Paulo, Porto Alegre e Brasília, na ordem. A pesquisa do DIEESE apontou que a variação de 1,41% na cidade de São Paulo resultou no maior valor da cesta básica do país - R$ 174,77. Os menores valores ocorreram em Salvador (R$ 124,39) e Fortaleza (R$ 129,92).

Levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para manutenção de uma família, suprindo seus gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência social, o DIEESE estima mensalmente, o valor do salário mínimo necessário. Em outubro, o menor salário pago ao trabalhador deveria ser de R$ 1.468,24, ou seja, 4,89 vezes o piso vigente.

Variação acumulada

Apenas cinco das dezesseis capitais estudadas apresentaram aumento na variação, no período de doze meses encerrado em outubro. A maior registrada foi em Recife (6,16%), seguida de Fortaleza (1,97%), Aracaju (1,45%), Curitiba (1,01%) e Vitória (0,62%).

Nas outras 11 localidades acompanhadas, o acumulado é negativo, variando de -0,78%, em Natal, a -6,62%, em Belo Horizonte.

Vilões

Apesar do predomínio de alta no custo total da cesta básica nas localidades pesquisadas, entre os produtos acompanhados apenas três apresentaram comportamento predominantemente altista: carne, tomate e açúcar. Os demais itens registraram recuo, na maioria das cidades.

O preço da carne bovina – produto de maior peso na cesta básica – subiu em 14 capitais, com destaque para Belo Horizonte (8,48%), Florianópolis (7,46%), São Paulo (6,95%), Brasília e Vitória (ambas com 6,76%). As quedas ocorreram em Fortaleza (-0,25%) e Porto Alegre (-3,19%).

Os aumentos no preço da carne estão relacionados com os focos de febre aftosa detectados no Mato Grosso do Sul, estado com o maior rebanho bovino do país, uma vez que já terminou a entressafra do produto.

No caso do tomate, a elevação ocorreu em 12 capitais, invertendo um comportamento que vinha se verificando nos últimos meses. Fortes aumentos foram verificados em Brasília (26,96%) e Curitiba (21,23%).

A alta apurada no açúcar ocorreu em oito capitais. Curitiba foi uma das cinco capitais que registraram retração. As maiores foram em Recife (-7,69%) e Curitiba (-4,07%).

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