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A febre aftosa pôs o Brasil em situação de "retrocesso", segundo afirma o presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte, Sebastião Guedes. O Brasil é ainda, segundo ele, o maior exportador de carne bovina do mundo. Hoje, Guedes se encontrou com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, para discutir medidas relacionadas ao controle da febre aftosa no país.

"Vejo danos à política de exportação do Brasil. Esse problema nos trouxe retrocesso e vai atrasar a nossa entrada em mercados de alto preço, nos quais o país vinha se desenvolvendo para introduzir a carne brasileira, como o Japão e os Estados Unidos, bem como em países do sudeste asiático. Obviamente que este fato nos traz atraso neste programa", alertou.

Guedes destacou que o Brasil está tendo dificuldades na política de exportação de carnes.

"Quanto vai ser o prejuízo, só o futuro dirá. Pode ser que tenhamos em exportações uma perda da ordem de até de US$ 800 milhões ao longo de um ano", afirmou.

Ele apontou que, entre as medidas para controlar a aftosa tratadas com o ministro Rodrigues, está a necessidade de participação dos países vizinhos no esforço, principalmente os que "apresentaram nos últimos tempos uma presença mais intensa de aftosa". Além disso, "as ações devem ter a colaboração clara dos setores público e privado de países como o Paraguai e a Bolívia, dando atenção especial ao Equador, embora não seja limítrofe com o nosso".

Outro ponto abordado foi a necessidade de estimular a Venezuela a cuidar da erradicação da aftosa em seu território. Segundo ele, é preciso investir um pouco mais na comunicação social. "Principalmente em relação à agricultura familiar. Agora, o grande fazendeiro, que tem recursos e não vacinou o rebanho, não deveria ser indenizado pelas perdas com a doença, mas ser punido", afirmou.

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