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As transações transações correntes do país - cálculo que engloba a balança comercial e as despesas com viagens, juros, remessas e outros serviços no exterior - apresentaram superávit de US$ 911 milhões, de acordo com nota divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central. O resultado é menor do que o do mês anterior, que foi de US$ 2,38 bilhões.

As contas de transações correntes e a financeira formam o balanço de pagamentos, que é o registro das transações com outros países. Este balanço teve superávit de US$ 3,5 bilhões em outubro. O resultado positivo contribui para reduzir a vulnerabilidade do Brasil a turbulências no exterior.

O forte desempenho da balança comercial continua influenciando os dados das contas externas do Brasil e levou o Banco Central a revisar as projeções do saldo em transações correntes para 2005 e 2006, apesar do resultado menor em outubro. Isso ocorreu, segundo o chefe do departamento econômico do banco, Altamir Lopes, por conta do pagamento de bradies e da recompra de C-Bonds no mês passado, que somou US$ 1,96 bilhão.

Para 2005, a estimativa de superávit subiu de US$ 9,4 bilhões para US$ 13,6 bilhões e, em 2006, de US$ 700 milhões para US$ 3,7 bilhão. Na balança comercial, o BC espera que o saldo fique em US$ 43 bilhões (acima dos US$ 38 bilhões esperados antes), com exportações de US$ 117 bilhões e importações de US$ 74 bilhões. Para 2006, o saldo esperado é de US$ 34 bilhões, acima dos US$ 29 bilhões esperados até então.

Do lado da conta financeira, os dados do BC mostram que os investimentos estrangeiros diretos no mesmo período tiveram ingressos líquidos de US$ 825 milhões, sendo que, desse montante, os ingressos relativos à participação de capital, representaram US$ 487 milhões. Outros investimentos estrangeiros apresentaram superávit de US$ 1,3 bilhão, sobretudo por causa dos créditos comerciais de curto prazo (US$ 1,4 bilhão).

No mês passado, o estoque de reservas internacionais cresceu US$ 3,2 bilhões, somando US$ 60,2 bilhões.Os investimentos diretos estrangeiros, que somaram US$ 825 milhões em outubro, devem encerrar o ano com acúmulo de US$ 16 bilhões, número que não trouxe revisão. A dívida externa brasileira, estimada para agosto (último dado disponível do BC), ficou em US$ 182 bilhões, US$ 9,7 bilhões a menos em relação a junho. De acordo com o banco, a redução veio basicamente da dívida de médio e curto prazos, calculada em US$ 16,7 bilhões.

Em relação às transações correntes no mês de outubro, a conta de serviços novamente apresentou deterioração em relação ao mesmo período do ano passado. Na rubrica de viagens, impulsionado pelo dólar barato, o déficit de viagens passou de US$ 20 milhões para US$ 104 milhões. Já as remessas de lucros e dividendos subiram de US$ 515 milhões para US$ 836 milhões.

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