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O resultado do segundo leilão de ativos do banco Santos, que está sob liquidação extrajudicial, surpreendeu e excedeu as expectativas do Banco Central. Realizado na quinta e na sexta-feira pela empresa especializada Superbid, o leilão rendeu R$ 1,6 milhões, 120% mais do que o valor mínimo fixado pelo BC para os lotes ofertados, de R$ 700 mil.

Com esta segunda rodada de venda dos móveis, equipamentos eletroeletrônicos, de informática e de telefonia, além de outros itens que equipavam a luxuosa sede do banco em São Paulo, o BC arrecadou cerca de R$ 3,6 milhões -- no primeiro pregão, havia levantado cerca de R$ 2 milhões. O total de compromissos a descoberto do Santos, entretanto, soma mais de R$ 2,5 bilhões.

O liquidante do BC no Santos, Vânio Aguiar apresnetou há três meses à Justiça de São Paulo o pedido de falência do santos, e espera para este mês ainda a decisão do juiz.

Conduzido pelo leiloeiro oficial Rodrigo de Queiroz Sodré Santoro, o leilão da semana passada contabilizou 10.267 lances para os cerca de 620 lotes de ativos colocados à venda. Segundo o leiloeiro, 90% dos lances foram feitos pela Internet. Cerca de 120 interessados compareceram ao Hotel Gold Tulip, em São Paulo, onde ocorreu o leilão presencial.

Foram arrematados cerca de 7 mil itens que pertenciam ao Banco Santos. O lote mais disputado, que recebeu o maior número de lances foi o que incluia 3 mesas com tampo de granito, com 107 lances e arrematado por R$ 10.600,00. O maior lance do leilão foi de R$ 22 mil, por um gravador digital de voz.

Outros destaques do leilão foram os potentes computadores e os móveis finos que decoravam a sede do banco, assim como talheres de prata usados nos almoços da diretoria com os clientes.

A mesa de Edemar Cid Ferreira, ex-controlador do Santos, foi disputada por 11 pessoas e acabou arrematada por R$ 9.500,00. De acordo com a Superbid, participaram do leilão pessoas de todos os estados brasileiros, sendo a maior parte dos participantes pela Internet oriundos dos estados de São Paulo (45%), Minas Gerais (12%), Paraná ( 8 % ) e Rio de Janeiro (7 % ).

-- O sistema da plataforma eletrônica que usamos permite a participação de interessados de todo o país, democratizando o processo de compra e venda dos ativos, gerando maior disputa pela aquisição dos bens -- disse Sodré Santoro, da Superbid.

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