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A Fhinck, startup que promove ferramentas inteligentes na gestão de pessoas, aposta no uso de dados e inteligência artificial para automatizar processos hoje executados pelo homem | /
A Fhinck, startup que promove ferramentas inteligentes na gestão de pessoas, aposta no uso de dados e inteligência artificial para automatizar processos hoje executados pelo homem| Foto: /

Que a gestão de capital humano é um fator relevante na organização profissional, muitas empresas já sabem. Profissionais especializados em RH e consultoria estudam e aplicam ferramentas que qualifiquem a atração e a retenção de talentos em cada área. A novidade nesse meio são as tecnologias desenvolvidas com o uso de banco de dados e inteligência artificial. Ferramentas de gestão permitem cadastrar dados dos funcionários e combiná-los para entender onde é necessário fazer alterações para melhorar os resultados de uma equipe.

4ª Revolução Industrial

O Fórum Econômico de Davos de 2016 pontuou que entramos na quarta revolução industrial, onde inteligência artificial e robotização irão tomar o lugar de milhões de empregos nos próximos cinco anos. Segundo Castello, dentro dessa premissa, atividades que são manuais serão ao máximo otimizadas, automatizadas ou extintas.

Para superar o avanço dessa tecnologia, os profissionais que estão nesse mercado devem se atualizar para poder trabalhar com a ferramenta.

O big data (grande volume de dados, alguns estruturados e outros não) é usado para organizar ações e fazer previsões de negócios. Agora, as empresas começaram a usar a ferramenta na gestão de pessoas. E cada vez mais esse parece ser o futuro da área de recursos humanos.

Na contratação de pessoas, por exemplo, os profissionais de RH aplicam questionários para mapear o perfil dos candidatos. O gestor do setor determina quais características são necessárias para trabalhar naquela área. A ferramenta faz a correlação entre essas informações e as que são fornecidas pelos candidatos e, então, seleciona quais são as melhores opções para preencher determinada vaga.

Essa é uma aplicação relativamente nova para o uso do banco de dados, mas, seguindo as previsões de quem trabalha com o big data, elas geram resultados visíveis e estarão cada vez mais presentes na rotina dos funcionários. A expectativa da transformação que o uso desses dados, combinados com inteligência artificial e robótica, vão trazer para as formas de trabalho que conhecemos hoje é tão grande que especialistas já usam esses conceitos para embasar o que chamam de 4.ª Revolução Industrial.

Ciclo do big data

A aplicação de ferramentas como analytics e big data acontece da seguinte maneira:

1 O especialista em negócio pontua quais características são fundamentais para medir o rendimento de sua área e explica as necessidades do setor para o profissional de TI.

2 O profissional de TI entende a demanda de cada área e monta o sistema que vai puxar as informações relevantes para a análise dos dados fornecidos.

3 O gestor de cada área usa os dados fornecidos pela ferramenta para pensar em mudanças e investimentos no setor.

Além da contratação, os profissionais de RH e consultoria podem usar essas ferramentas para fazer investimentos assertivos em suas equipes. Paulo Castello, CEO da Fhinck, startup que desenvolve ferramentas para aprimorar a gestão de empresas, afirma que é possível usar esses recursos para trazer insights para as equipes.

“Através de um algoritmo, podemos ler a personalidade do usuário, o perfil comportamental. Com o histórico da atividade da empresa, conseguimos dizer qual a configuração ideal de perfil de time para determinada operação. Juntando isso com informações do RH, é possível organizar inteligências, colocar a pessoa certa no lugar certo e ela vai trabalhar feliz. Porque gosta de fazer aquele trabalho, entrega qualidade”, afirma.

Por enquanto, as ferramentas que fazem esse cruzamento de dados operam em atividades repetitivas, rotineiras. Com a medida em que os estudos sobre sua aplicação em empresas avancem, a tendência é que elas passem a automatizar ações de gestão. Segundo Castello, elas terão autonomia para criar ações de incentivo para otimizar o rendimento e aumentar o resultado dos funcionários.

Ferramenta vai eliminar funções, mas também criar empregos

Muitos podem se perguntar como essas ferramentas afetam a rotina de trabalho. Acontece que, a partir do momento em que são aplicadas na gestão de pessoas, elas ajudam a automatizar alguns procedimentos, o que vai gerar corte de profissionais – talvez até de funções inteiras. Mas, ao mesmo, tempo, o uso de big data requer novas tecnologias e procedimentos, com novas profissões sendo geradas para administrar essa ferramenta.

Para Antonio Loureiro, CEO da Conquest One, uma empresa de recrutamento, a maior dica é para os profissionais da área de informática. “É algo que os profissionais de TI devem se atualizar. Quem trabalha com analytics e big data precisa de conhecimento específico e existe uma carência grande para atender demandas nessa área”. Segundo o CEO, esses profissionais farão a leitura das demandas de cada área e vão convertê-las em estrutura de informações capazes de fazer o cruzamento de dados. Ele também ressalta o surgimento de novos profissionais. “Arquitetos de informações. Profissionais com experiência de negócio, senso de oportunidade, gestão. Serão necessários especialistas que saibam traduzir as informações geradas.”

O empresário Paulo Castello afirma que novos empregos serão gerados na área de análise de dados e organização de informações. Além disso, as empresas irão contratar pessoas que serão especializadas em ensinar a ferramenta a trabalhar com o modelo de organização da companhia. “Caberá à nova geração um ambiente de trabalho mais colaborativo, mais intuitivo e principalmente mais dinâmico, com informações em tempo real. Essa dinâmica exigirá dos gestores uma atenção especial às análises de informações, sejam dados ou gráficos.” Ele ressalta que além da capacidade de análises, quem está chegando agora no mercado de trabalho deve trabalhar suas competências de liderança.

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