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O estado do Paraná aumentou em 0,3% sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma das riquezas geradas pelo país, no período de 2002/2003. Junto com o Rio Grande do Sul, são os dois estados que mais avançaram na pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE em parceria com os governos estaduais.

Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os quatro maiores do país, reduziram a participação no PIB de 1985 a 2003. Os quatro concentravam, há 20 anos, 65,3% do PIB, e passaram, em 2003, para 61,5%. Foi a mais baixa participação dos estados na série das Contas Regionais de 2003.

São Paulo ainda mantém o primeiro lugar no ranking, mas foi quem mais contribuiu para a queda dos estados do Sudeste, apresentando o pior resultado da série iniciada em 1985. O estado passou de 32,65%, em 2002, para 31,8% em 2003. O Rio de Janeiro vem em seguida com 12,6%, em 2002, para 12,2% em 2003.

Por outro lado, os estados que têm na agroindústria a sua principal fonte de riqueza foram os que apresentaram as maiores taxas de crescimento. Enquanto os quatro maiores estados perdem participação no PIB, um grupo intermediário (formado pelos estados de Pernambuco, Distrito Federal, Goiás, Pará, Espírito Santo, Ceará, Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), foi o que mais avançou. Deste grupo, boa parte é de estados ligados à agroindústria.

Já na comparação com 2002, os estados que tiveram os maiores ganhos de participação no PIB, em 2003, foram: Rio Grande do Sul, de 7,8% para 8,2%, e Paraná, de 6,1% para 6,4%. Na mesma comparação, as maiores perdas foram registradas em São Paulo, que saiu de uma participação de 32,6% para 31,8%, e Rio de Janeiro, de 12,6% para 12,2% do PIB.

Em 2003, a soja cresceu 23% e o milho, 34%, o que favoreceu todos os estados da fronteira agrícola, que tiveram como atividade importante o plantio e o cultivo de grãos, destacaram-se na análise da taxa de crescimento real. O melhor resultado foi alcançado por Mato Grosso do Sul com crescimento real de 7,8%, influenciado pela produção de soja e milho. Também contribuiu para esse resultado a baixa base de comparação de 2002, quando o desempenho de Mato Grosso do Sul ficou abaixo dos demais estados da fronteira agrícola.

Renda per capita

Em relação ao PIB per capita (o Produto Interno Bruto dividido pela população do ano de referência), o maior valor continua sendo o do Distrito federal (R$ 16.920,00). Porém, em virtude do baixo desempenho econômico da capital federal, a distância em relação à média do Brasil diminuiu. Em 2002, o PIB per capita do Distrito Federal era 2,1 vezes a renda do Brasil e, em 2003, foi de 1,9 vezes.

Em 2003, o PIB per capita dos estados de Mato Grosso (R$ 8.391,00) e Mato Grosso do Sul (R$ 8.634,00), que ao longo da série vinham reduzindo sua distância entre a média brasileira, pela primeira vez ficaram bem próximos a média do país (R$ 8.694,00).

O Rio de Janeiro (R$ 12.671,00) se manteve em segundo lugar no ranking do PIB per capita, seguido por São Paulo (R$ 12.619,00). Já os piores resultados continuam sendo os do Maranhão (R$ 2.354,00) e do Piauí (R$ 2.485,00), mas devido ao bom desempenho de suas economias no ano de 2003, os dois estados aproximaram-se mais da média do país com resultados inéditos na série. O PIB per capita do Maranhão passou a representar 30% da renda per capita do Brasil.

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