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Os presidentes da Argentina, Néstor Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez, assinaram ontem uma série de acordos destinados a aprofundar a aliança estratégica entre ambos os governos que prevêem, entre outras iniciativas, a construção de um gasoduto que unirá os dois países. A obra, de dimensões sem precedentes na região, custaria em torno de US$ 4 bilhões, estimaram fontes extra-oficiais.

A chamada "Declaração de Orinoco" também inclui a defesa da incorporação da Venezuela ao Mercosul, como membro pleno; o compromisso do governo venezuelano de continuar comprando bônus da dívida argentina; um acordo de integração na área de tecnologia nuclear; e um avanço na integração energética. Os dois países pretendem trabalhar juntos, por exemplo, na reativação da central hidroelétrica de Macagua, na Venezuela.

- Estamos construindo um novo amanhecer para a região - disse Kirchner.

A visita do presidente argentino à Venezuela acontece em momentos de forte tensão entre Chávez e os governos dos Estados Unidos e do México. O conflito foi provocado pelas divergências em relação à criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), projeto que ocupou o centro dos debates durante a IV Cúpula das Américas, realizada em 4 e 5 de novembro, na cidade argentina de Mar del Plata. Durante o encontro, o grupo integrado pelo Mercosul mais Venezuela protagonizou duríssimos debates com o bloco de 29 países liderado por EUA e México.

- Não se trata de uma questão ideológica, queremos ser tratados como países maduros e sérios - disse Kirchner, acrescentando que quer fortalecer o Mercosul e integrá-lo ao resto do mundo, mas com justiça.

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